As operadoras de telecomunicações TIM, Claro e Telefônica Brasil pediram uma redução de R$ 3,2 bilhões no preço total da compra da Oi móvel, alegando divergências em informações técnicas sobre os ativos.
A Oi disse em fato relevante nesta segunda-feira (19) que recebeu notificação das compradoras referente ao ajuste de preço pós-fechamento da operação. A empresa tem 30 dias úteis para apresentar uma discordância sobre os pontos levantados pelas rivais e já adiantou que tomará as medidas cabíveis.
Na prática, a Oi teria que devolver R$ 1,74 bilhão, uma vez que TIM, Claro e Telefônica Brasil já haviam retido um montante para potenciais ajustes de preço de fechamento ou indenizações.
Desses quase R$ 1,8 bilhão –a diferença entre os 3,2 bilhões notificados e o total que retido pelas companhias– 769 milhões seriam devolvidos à TIM, R$ 587 milhões à Telefônica Brasil e R$ 383 milhões à Claro, da mexicana America Móvil.
A Oi disse que discorda veementemente do valor alegado pelas compradoras e afirmou que os ajustes apresentam “erros procedimentais e técnicos”, com “equívocos na metodologia, nos critérios, nas premissas e na abordagem adotada”.
Telefônica Brasil, Claro e TIM ganharam direito aos ativos da empresa no final de 2020, com uma oferta conjunta de R$ 16,5 bilhões, em um leilão que contou apenas com a oferta do grupo. O negócio passou pelo crivo de reguladores incluindo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
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