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Negócios

Walmart estima queda menor de lucro anual com descontos atraindo consumidores

Ações, que caíram mais de 8% este ano, subiam 5,1% na abertura em Nova York.

O Walmart (WAL34) elevou sua projeção de lucro anual nesta terça-feira (16), revertendo parcialmente um corte robusto feito há menos de um mês, uma vez que os descontos para liberação de estoques e preços mais baixos de combustível ajudaram à varejista a vender mais do que o mercado esperava.

As ações, que caíram mais de 8% este ano, subiam 5,1% na abertura em Nova York.

O Walmart espera agora que seu lucro por ação ajustado no ano fiscal atual caia de 9% a 11%.

No mês passado, a maior varejista dos Estados Unidos assustou os mercados em todo o mundo quando estimou uma queda de 11% a 13% – a projeção anterior era de recuo de 1% – e alertou que os consumidores estavam reduzindo as compras discricionárias em um ritmo muito maior do que o temido.

Isso forçou o Walmart a cortar preços de itens como vestuário para tentar reduzir mais de US$ 61 bilhões em estoque no final do primeiro trimestre fiscal.

O Walmart reportou estoques de US$ 59,92 bilhões no final do seu segundo trimestre – encerrado em 31 de julho -, ainda 25% acima dos níveis do ano passado.

“Acho que vai demorar mais um trimestre, talvez um pouco do quarto trimestre (fiscal), para voltar aonde queremos estar do ponto de vista geral do estoque”, disse o diretor financeiro do Walmart, John David Rainey. Casa, eletrônicos e vestuário ainda são categorias “problemáticas”, afirmou Rainey.

Desde a última rodada de resultados trimestrais, os preços que os consumidores norte-americanos pagam por bens e serviços mostraram sinais de afrouxamento. O índice de preços ao consumidor dos EUA subiu 8,5% em julho no dado de 12 meses, menos do que no mês anterior, devido principalmente à queda de 17% na gasolina.

Esses fatores ajudaram a aumentar as vendas nas lojas do Walmart abertas por pelo menos um ano, subindo 6,5%, e superando a projeção anterior da empresa de ganho de 6%. A receita total aumentou 8,4%, para US$ 152,86 bilhões no segundo trimestre, contra expectativa média dos analistas de US$ 150,8 bilhões, segundo dados do IBES, da Refinitiv.

No entanto, os descontos em produtos essenciais, a desaceleração da demanda por itens de alta margem, como eletrodomésticos, eletrônicos e roupas, e o aumento dos custos trabalhistas levaram a uma queda de 6,8% no lucro operacional trimestral da empresa, para US$ 6,85 bilhões.

A varejista espera um crescimento de vendas líquidas consolidadas de cerca de 5% e que os lucros ajustados caiam de 9,0% a 11,0% no terceiro trimestre. As vendas nas mesmas lojas do Walmart nos EUA, excluindo combustível, devem aumentar 3%, disse a empresa. A companhia também manteve a estimativa de crescimento de 3% nas vendas mesmas lojas para o ano fiscal.

Carrinho de compra diante de logo do Walmart
REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração

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