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Copa do Mundo chegou e os fan tokens voltam a ganhar destaque

Enquanto o criptomercado derrete, os fan tokens das seleções que estão disputando a Copa do Catar podem se valorizar.

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ARTIGO*

Passados cerca de dois anos em que a população mundial viveu em isolamento social, a indústria esportiva teve que se reinventar para contornar a drástica diminuição das receitas advindas de ingressos. Por outro lado, os fãs também tiveram que achar outras maneiras de conexão com seus clubes favoritos. 

Com o fim do isolamento social e alinhado ao início da Copa do Mundo de 2022, o preço de diversos ativos cripto futebolísticos dispararam, como os fan tokens, que “ressurgiram das cinzas” e superaram com maestria o caos causado pela falência da exchange de criptomoedas FTX.

Os fans tokens são diferentes de criptomoedas pois, enquanto bitcoin (BTC) e ethereum (ETH), por exemplo, funcionam de forma semelhante a moedas de troca e valores mobiliários, eles têm por objetivo gerar engajamento. Contudo, eles podem valorizar tanto quanto as moedas digitais clássicas.

Desse modo, alinhando o útil ao agradável, assim como a busca de oportunidades de curto prazo para melhor alocação de capital, o token da seleção peruana (FPFT), por exemplo, subiu 55,4% entre os dias 14 e 21 de novembro conforme o a plataforma de monitoramento de dados Coingecko — mesmo com o país tendo ficado de fora do campeonato.

Valorização de mais de 55% do token da seleção peruana (PFTF) nos últimos 7 dias. (Imagem: Reprodução/Site Coingecko)

O que é fan token?

Antes de saber o que é fan token, é preciso saber que “token”, no mundo das finanças digitais, significa o registro de um ativo do mundo real em formato digital usando a tecnologia blockchain.

Por sua vez, os fan tokens são criptoativos que possibilitam ao torcedor interagir com seu clube, liga, ou atleta preferido. Em geral, alguns benefícios que eles oferecem — ou podem oferecer, a depender das regras do time —, são: 

  • Descontos em ingressos dos jogos;
  • Acesso ao banco de reservas ou área VIP;
  • Encontros com jogadores ou outras celebridades vinculadas ao time;
  • Oportunidade de ter produtos exclusivos, como produtos autografados;
  • Participação nas decisões da equipe.

Em resumo, o fan token é muito parecido com o programa de sócio-torcedor, porém não há mensalidade fixa.

Seleções com fan tokens: oportunidade a mais 

Das 32 seleções de futebol que estão disputando a Copa do Catar, pelo menos quatro têm fan tokens circulantes no mercado. A Associação Uruguaia de Futebol (AUF) também anunciou que o Uruguai teria seu próprio fan token em parceria com a Bitci. Porém, por enquanto, ainda não está disponível. Veja as demais:

  • Argentina (ARG): foi a primeira seleção de futebol a apostar no fan token, lançando o ARG em meados de 2021 através do blockchain da criptomoeda chiliz (CHZ);
  • Brasil (BFT): seguindo o maior rival, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) lançou o BFT em agosto de 2021, onde os 30 milhões de criptoativos disponibilizados na época foram comprados em 20 minutos;
  • Espanha (SNFT): com uma torcida apaixonada, a confederação espanhola colocou o SNFT usando a tecnologia da Bitci, e conta com fornecimento máximo de 100.000.000 unidades;
  • Portugal (POR): também em parceria com a chiliz, o fan token da seleção do Cristiano Ronaldo foi posto à venda em setembro do ano passado.

Para bom entendedor, meia palavra basta: com a Copa do Mundo rolando, esses fan tokens podem representar uma boa oportunidade de investimento — a priori, de curto prazo, pois o principal motivo que gera a alta em seus preços é o desempenho dos times de futebol que estão relacionados.

Mayara é co-autora do livro “Trends – Mkt na Era Digital”, publicado pela editora Gente. Multidisciplinar, apaixonada por tecnologia, inovação, negócios e comportamento humano.

*As informações, análises e opiniões contidas neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews.

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