Naquela ocasião, do total de 997 atletas inscritos, apenas 22 eram mulheres, correspondendo a 2,2% do número de participantes. Elas competiram em cinco modalidades: tênis, vela, croquet, hipismo e golfe, sendo que apenas tênis e golfe tiveram disputa exclusivamente para mulheres (as outras três eram competições com participação mista).

Somente nos Jogos Olímpicos do Rio-2016 que todas as modalidades olímpicas passaram a ter competição com mulheres. O último esporte a entrar na lista foi o boxe. Nos esportes coletivos, a participação feminina levou décadas para entrar no programa olímpico. O vôlei foi o primeiro, em 1960. O basquete feminino só estreou em 1964, o handebol feminino em 1976, e o futebol feminino passou a ser disputado somente a partir de 1996.
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Mulheres serão maioria entre atletas brasileiros
O Brasil estreou nos Jogos Olímpicos de 1920 apenas com atletas homens. A primeira atleta mulher brasileira a competir nas Olimpíadas foi a nadadora Maria Lenk, em 1932.
Até as Olimpíadas de Montreal-1976, o número de atletas mulheres na delegação brasileira não chegava a dez. Em Moscou-1980, o Brasil levou 15 mulheres. Depois foram 22 em Los Angeles-1984 e 35 em Seul-1988. Em Tóquio-2020, foram 145 mulheres (45% do total da delegação).

Nas Olimpíadas de Paris-2024, pela primeira vez o Brasil terá mais mulheres do que homens competindo. Dos 227 atletas confirmados, 134 são mulheres e 86 homens, o que corresponde a 59% de participação feminina.
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O Comitê Olímpico Internacional afirma que está comprometido com a igualdade de gênero no esporte e estabeleceu na sua “Carta Olímpica”, a regra 2.8 que diz que cabe ao COI “encorajar e apoiar a promoção das mulheres no esporte a todos os níveis e em todas as estruturas com vista à implementação do princípio da igualdade entre homens e mulheres”.
“O COI não procura apenas alcançar a paridade estatística, mas também entende que todas as oportunidades oferecidas ao desporto feminino e às atletas femininas nos Jogos Olímpicos têm um impacto contínuo na promoção da igualdade de gênero e nas oportunidades que são dadas às mulheres atletas de todo o mundo.”