A contagem regressiva já começou: falta 1 mês para a realização da Black Friday de 2024. O evento mais aguardado do varejo será em 29 de novembro, uma sexta-feira. A grande promoção de descontos terá sua 14ª edição no Brasil seguindo uma tradição norte-americana de fazer o evento logo após o Dia de Ação de Graças (chamado, nos Estados Unidos, de “Thanksgiving Day”).
A data surgiu para comemorar a reabertura do comércio nos Estados Unidos após o principal feriado do país. O Dia de Ação de Graças, comemorado na última quinta-feira de novembro, está para os norte-americanos assim como o Natal está para os brasileiros.
Mas, como por aqui, ninguém comemora o “Thanksgiving”, o comércio nacional adotou em 2010 a Black Friday como forma de alavancar as vendas do varejo um mês antes do Natal.
Nos últimos anos, o comércio decidiu antecipar a Black Friday com algumas promoções e condições especiais disponíveis ao consumidor ao longo de novembro.
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Quando surgiu o termo Black Friday?
Não há registros que confirmem de onde saiu o nome “Black Friday”, mas, algumas versões ganharam força. Uma delas, nunca comprovada, remonta à escravidão nos EUA do século 18.
Pessoas negras que chegavam da África e eram vendidas como mercadoria ficavam enfraquecidas e doentes pelas condições indignas de trabalho e alimentação. Por esse motivo, eram supostamente vendidas a preços abaixo do mercado em feiras que aconteceriam às sextas-feiras.
Uma outra explicação dá conta de que os comerciantes americanos precisavam esvaziar seus estoques antes do Natal e passaram a fazer grandes liquidações de preços após o feriado. Mas o alvoroço causado pelos descontos levou a um aumento da violência e de engarrafamentos nas ruas. Com isso, os patrulheiros da Filadélfia teriam apelidado a data de “Black Friday”, já com um sentido pejorativo para o termo.
Há ainda outra versão conhecida, mas com conotação positiva. Nos EUA, a palavra “black” também é usada quando uma empresa fecha as contas “no azul”, ou seja, obtém lucro. A data promocional seria então uma forma de os comerciantes conseguirem encerrar o mês de novembro no positivo, já que o feriado de Ação de Graças era considerado fraco em vendas.
Golpes mais comuns da Black Friday
A data promocional é chamariz para uma série de golpes, o que reforça a necessidade de os consumidores ficarem atentos na hora de formalizar uma compra.
Confira, a seguir, os principais golpes registrados na “Black Friday”, segundo lojistas, Serasa, Procon (Departamento Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor) e outras instituições que acompanham as promoções.
- Aumento de preços ou desconto falso
O mais comum dos golpes, o desconto falso, ocorre quando varejistas aumentam os preços dos itens antes da Black Friday e depois os reduzem, fazendo parecer que estão oferecendo um desconto, quando, na verdade, estão vendendo pelo preço original do produto ou até mais caro. - Isca e troca
Na isca e troca, o varejista anuncia um produto a um preço baixo, mas depois informa ao comprador que ele está esgotado, tentando vender a ele outro produto semelhante, mais caro. - Frete mais caro que o produto
Para “surfar a onda” da data, alguns comerciantes podem oferecer grandes descontos em seus produtos, mas tentam compensar com um valor exorbitante para o envio, gerando uma taxa de frete ainda maior que o valor do item a ser comprado. - Mudança de preço durante a compra
É comum que empresas trabalhem com descontos por “escassez de tempo”, com prazo limitado para uso, com os famosos relógios de “contagem regressiva”. Durante a Black Friday, não é diferente.
A pressa para levar o produto pode acabar tirando a atenção do comprador, fazendo com que ele esqueça de aplicar o cupom de desconto ou deixe de ver informações e requisitos importantes sobre a compra.
Além disso, em alguns casos, pode ser que a tal promoção acabe antes da compra, e o preço volte ao valor original.
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Outros cuidados
Sites fakes
Com relação aos golpes praticados por bandidos e não pelas próprias lojas, os criminosos podem criar sites falsos que parecem ser de varejistas online legítimos, oferecendo produtos a preços incrivelmente baixos para atrair os consumidores. Depois que o comprador insere as informações do cartão de crédito, os criminosos utilizam-nas para fazer compras fraudulentas.
Roubo de identidade
Golpistas costumam roubar informações pessoais, como número de cartão de crédito e de segurança social, e utilizam-nas para abrir novas contas em nome da vítima para fazer compras fraudulentas. A partir da obtenção desses dados, o consumidor pode ser prejudicado de várias formas.
Cupons falsos
Golpistas podem utilizar e-mails, links ou mensagens de falsos cupons de desconto, que podem ser utilizados como estratégia de phishing (ataque cibernético que usa e-mails, mensagens de texto, telefonemas ou sites fraudulentos), para enganar e ter acesso às informações do consumidor.
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