Vários surfistas que disputam as Olimpíadas 2024 nas águas do Taiti, na Polinésia Francesa, estão usando capacetes de proteção durante a competição.
Entre os atletas que aderiram ao acessório estão os brasileiros Felipe Toledo, João Chianca, Luana Silva e Tainá Hinckel.
A explicação é simples: o local onde acontece a competição de surfe, em Tehuapo’o, no Taiti, Polinésia Francesa, é uma região repleta de corais. Quando as ondas se formam, a base fica com uma distância curta entre os corais e a superfície. Se o surfista cair de cabeça, pode se machucar feio.
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A temperatura da água em Teahupo’o fica entre 26°C e 29°C, ideal para a prática do surfe. As ondas mais comuns são de dois a três metros de altura, mas podem chegar a sete metros. Além disso, surfar em Teahupo’o exige muita habilidade.
As ondas quebram sobre um recife de corais e, para entrar nelas, os surfistas têm de ser rápidos: eles têm de ficar em pé na prancha deslizando sobre a onda que tem uma distância de menos de um metro de água até os corais.
Quanto custa o capacete de surfe?
Nas Olimpíadas, a surfista francesa Johanne Defay caiu da prancha e cortou a testa ao bater a cabeça contra os corais. Ela voltou para a prova usando capacete para poder concluir a sua bateria.
João Chianca, o Chumbinho, adota o uso do capacete desde 2023, quando sofreu uma queda e machucou a cabeça durante uma competição no Havaí.
Nesta terça (30), ele enfrenta o compatriota Gabriel Medina pelas quartas de final.
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Luana Silva e Tainá Hinckel competiram na maioria das baterias usando capacetes. O de Luana pesa cerca de 350 gramas, é feito de policarbonato resistente com faixa de neoprene para melhor ajustar à cabeça. O capacete é vendido na internet no site da Oakley a US$ 200 (R$ 1.123)
Já o modelo usado por Tainá tem mais semelhanças com os capacetes usados no rúgbi. Pesa menos de 100 gramas e é moldado de forma a permitir o fluxo sem reter água. É feito de espuma não porosa envolta em Nylon e Spandex e custa US$ 129 (R$ 724).
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A grande vantagem do acessório é ajudar a proteger de possíveis acidentes. A principal desvantagem é que o capacete limita a capacidade do surfista de ouvir e poder “escutar o mar” para sentir melhor como pegar a onda.
Quem ainda não usou o capacete
Tatiana Weston-Webb e Gabriel Medina são os únicos brasileiros que ainda não fizeram uso do capacete nas Olimpíadas. Medina, por sinal, conhece bem os segredos das ondas e dos tubos de Tehuapo’o, e aprendeu que, quando a onda vai estourar, o melhor é levar a prancha em direção a ela e “voar” para saltos espetaculares, como o registrado na segunda-feira (29).
A manobra rendeu a Medina a maior nota da história do surfe olímpico (9.90) e se classificou para as quartas de final.
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