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Carol Cavenaghi: a independência financeira não está completa para as mulheres

Para a co-fundadora do Fin4she, é preciso ir além. Não só como ser independente, mas como aprender a cuidar do próprio dinheiro.

Carolina Cavenaghi, co-fundadora do Fin4she, iniciativa para promover e incluir mais mulheres no mercado de trabalho, defende que não adianta a mulher ganhar seu dinheiro e tomar decisões na vida como, por exemplo, de quando vai ter filho  ou quando vai vender uma casa, se, na hora de controlar o próprio dinheiro, ela vai depender de alguém.

Para ela, a independência financeira ainda não está em um ciclo completo com a mulher. Segundo Cavenaghi, é preciso ir além. Não só como ser independente, mas como aprender a cuidar do próprio dinheiro. “Quando a mulher entender que ela não depende de ninguém, inclusive para gerenciar o dinheiro que ela mesma ganha, aí nós falamos de independência total”, disse.

Mulheres em cargos de liderança

Há 14 anos trabalhando no mercado financeiro e responsável por liderar e implementar projetos para estimular o protagonismo das mulheres no mercado e a independência financeira feminina, Carolina, que também é colunista do InvestNews, explica que 58% dos universitários são mulheres, mas apenas 4% delas chegam a uma posição de CEO.

Ela defende a necessidade de essa barreira ser quebrada e a importância das mulheres acreditarem na sua capacidade. “A gente precisa quebrar esse ciclo cruel. Historicamente, nós fomos treinadas para ser coadjuvante, a seguir a ordem. É um processo que a gente vem quebrando. As mulheres precisam acreditar mais em si mesmas e a sociedade também a acreditar mais nas mulheres”, afirmou.

Mulheres X homens nos investimentos

No Zoomkerman, a co-fundadora do Fin4she apontou ainda diferenciais nos perfis de mulheres e homens investidores. Ela explica que as mulheres têm uma boa capacidade de análise, de gerenciar bem o risco e têm perspectivas de longo prazo.

Já os homens, para ela, têm um perfil competitivo nos investimentos. “Quando investem, as mulheres estão sempre olhando muito o que elas podem fazer pelas suas famílias e ao seu redor. Elas têm um olhar mais macro.  Já os homens têm muitas estratégias vencedoras, é competitivo. Vai sentar na mesa do bar e vai falar com os amigos  aonde está investindo e o quanto ganhou”, explicou.

Educação financeira para os filhos

Mãe de dois filhos pequenos, Cavenaghi disse que já pensa em criar relação da educação financeira com filhos. “Quero muito trazer isso para eles. A consciência de educação financeira vem desde cedo, e vem de casa, vem do exemplo. Com certeza eu vou fazer isso”, contou.

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