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Economia

5 fatos para saber hoje: 2º onda no Japão e saída de Mansueto do Tesouro

O Reino Unido está revendo a regra de dois metros de distância social antes do próximo estágio da flexibilização das medidas de restrição para conter o coronavírus.

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1 – Zona do euro: exportações e importações sofrem tombos históricos em abril

As exportações da zona do euro sofreram um tombo de 24,5% em abril ante março, diante do impacto da pandemia do novo coronavírus, segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta segunda-feira, 15, pela Eurostat, como é conhecida a agência de estatísticas da União Europeia.

As importações do bloco caíram 13% no mesmo período. Ambas as quedas foram as maiores já registradas desde o início da série histórica da Eurostat, em 1999. Já o superávit da balança comercial da zona do euro caiu de 25,5 bilhões de euros em março para 1,2 bilhão de euros em abril, atingindo o menor nível desde outubro de 2011, informou a agência.

2 – Estados devem sair da crise da covid-19 ainda mais endividados apesar do socorro

Apesar de um socorro bilionário do governo federal, os Estados devem sair da crise ainda mais endividados do que já estavam antes da pandemia do novo coronavírus. Ao mesmo tempo, o ritmo da recuperação ainda incerto coloca dúvidas sobre o momento em que a arrecadação voltará ao patamar pré-crise. A combinação desses fatores tem levado especialistas a apostar numa nova rodada de resgates ou até numa renegociação da dívida dos governos estaduais.

Entre o início de janeiro e o fim de abril, o estoque da dívida dos Estados saltou R$ 53,5 bilhões, e a maior parte do aumento (R$ 52,2 bilhões) é explicada pela variação cambial, de acordo com dados do Banco Central. A alta foi de R$ 41,1 bilhões no saldo da dívida externa e de R$ 11,1 bilhões na dívida interna atrelada ao dólar.

Com a aprovação do socorro, os governos estaduais poderão deixar de pagar as parcelas das dívidas com União, bancos públicos e organismos internacionais até o fim de 2020.

Segundo dados do Ministério da Economia, a medida deve abrir um espaço de R$ 52,5 bilhões no Orçamento dos Estados. Mas eles terão que reincorporar esse débito (com correções) ao saldo restante dos contratos no início de 2022, o que aumentará o valor do serviço da dívida e pressionará o caixa dos governadores em pleno ano eleitoral.

3 – Mansueto Almeida pede demissão e deve deixar governo nas próximas semanas

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, deixará o governo nas próximas semanas, segundo apurou o “Estadão/Broadcast”. Ele deve cumprir quarentena e ir para a iniciativa privada.

Mansueto já está discutindo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, um nome para sucedê-lo no cargo, cuja missão é controlar o caixa do governo. Ele estava no posto desde abril de 2018. É a primeira perda importante na equipe de Guedes.

Mansueto já vinha discutindo sua saída do governo com o ministro. A informação de que sua demissão está próxima foi revelada neste domingo, 14, pelo colunista Lauro Jardim, de “O Globo”, e confirmada por um integrante da equipe econômica ao “Estadão/Broadcast“.

Guedes já havia manifestado o desejo de nomeá-lo diretor-executivo do Conselho Fiscal da República, colegiado a ser criado pela PEC do Pacto Federativo. Mas a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus acabou atrasando a tramitação de propostas estruturais no Congresso Nacional, e essa saída acabou ficando mais distante.

4 – Japão alerta para riscos da segunda onda da covid-19

O premiê japonês Abe Shinzo alertou a população para uma segunda onda de surto do coronavírus no país. Ele pediu para que as pessoas não contem com um enfraquecimento do vírus com a chegada dos meses quentes do verão.

Abe fez a declaração durante um programa transmitido ao vivo pela televisão. Ele disse que as pessoas não devem ser complacentes neste verão, já que o vírus está se espalhando mesmo em países do Oriente Médio, que sofrem com temperaturas extremamente altas.

O primeiro-ministro reforçou a necessidade de se preparar para a segunda onda do surto, aumentando o sistema de saúde e aumentando o número de testes. Abe disse ainda que restrições a viagens internacionais serão gradualmente suspensas, ao mesmo tempo em que medidas de contenção ao vírus serão implementadas.

Segundo o premiê, o governo irá analisar minuciosamente a possibilidade de afrouxamento das restrições, levando em consideração a situação do vírus em cada país separadamente.

5 – Reino Unido revisa distanciamento antes de nova fase de flexibilização

O Reino Unido está revendo a regra de dois metros de distância social antes do próximo estágio da flexibilização das medidas de restrição para conter o coronavírus. A nova etapa está prevista para 4 de julho, quando bares, restaurantes e cabeleireiros poderão reabrir na Inglaterra, disse o primeiro-ministro, Boris Johnson, nesse domingo (14).

O progresso no combate à pandemia do coronavírus criou “espaço de manobra” para a regra, que muitos empregadores disseram que vinha tornando mais difícil a recuperação da economia, disse Johnson em um shopping center da região leste de Londres que se prepara para reabrir na próxima semana.

O Reino Unido tem o terceiro maior número de mortes por coronavírus no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e do Brasil. Críticos do governo britânico dizem que a situação é um reflexo dos problemas no enfrentamento da crise.

O governo do Partido Conservador, de Johnson, que afirma ter seguido conselhos científicos para combater a pandemia, enfrenta o difícil desafio de equilibrar a recuperação da economia sem permitir uma segunda onda de casos.

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