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Finanças

Morning Call: IBOV retoma os 127 mil pontos e ajustes no IR melhoram o ambiente

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje e uma breve análise do índice Bovespa.

Cenário global: hoje o mercado fica de olho na agenda econômica, com destaque para o índice de preço ao consumidor dos EUA (CPI), abrindo espaço para o debate sobre inflação em alta e retomada do crescimento desacelerando. Além disso, os dados de inflação são importantes para estimar quando começará a redução de estímulos monetários (tapering) pelo banco central americano (Federal Reserve), apesar de não ser consenso entre os membros do Fed, mas majoritariamente demonstram a intenção de manter uma política monetária expansionista no longo prazo, com recompra de títulos e juros próximo de zero. Ainda nos EUA, merece atenção o início da temporada de balanços corporativos com divulgação dos números referente ao segundo trimestre do ano de JP Morgan e Goldman Sachs. Na china, começou bem o dia, com salto de mais de 30% nas exportações e importações em junho, acima das expectativas e mostrando a solidez da segunda maior economia do mundo. 

Os investidores adotam cautela com ativos de risco, que estão com pequenas oscilações e sem direção definida. As bolsas europeias operam em baixa nesta terça-feira, após a divulgação de dados da Alemanha e da França em junho, em linha com as estimativas. As ações do setor bancário britânicas tomaram fôlego, após o Banco da Inglaterra ter relaxado as restrições sobre distribuição de dividendos e recompra de ações, ao afirmar que os testes de estresse mostram que o setor está resiliente a choques da crise relacionada a pandemia de coronavírus. 

Ásia: na China continental, Xangai Composto fechou em alta de 0,53%, aos 3.566,52 pontos; Em Tóquio, índice Nikkei subiu 0,52%, aos 28.718,24 pontos; Em Hong Kong, Hang Seng ganhou 1,63%, para 27.963,41 pontos; em Seul, Kospi valorizou 0,77%, aos 3.271,38 pontos;Europa: índice Stoxx 600 opera em ligeira queda de 0,03%, aos 460,70 pontos; Bolsa de Frankfurt cai 0,06%, Londres sobe 0,13%, Paris recua 0,21% e Madri -0,75%; NY / Pré-mercado: futuro do Dow Jones cai 0,05%, do S&P 500 sobe 0,04% e do Nasdaq + 0,36%; Petróleo: Brent para setembro sobe 0,56%, cotado a US $ 75,58 o barril; WTI para agosto ganha 0,54%, para US $ 74,50 o barril; Ouro para agosto sobe 0,12%, para US $ 1.808,15 a onça-troy.

Brasil: aqui, temos pesquisa de serviços do IBGE, mas o destaque local continua no front político, com expectativa para o novo texto da reforma do Imposto de Renda, que deve ser apresentado hoje aos líderes da Câmara e traz ajustes importantes negociados com o ministro Paulo Guedes, incluindo uma redução de 12,5 pontos no IRPJ e a isenção do rendimento dos fundos imobiliários. Além disso, a tensão entre os três poderes foi amenizada, após conversa amistosa entre o presidente Bolsonaro e o presidente do STF, Luiz Fux. 

Ibovespa: após a alta consistente das bolsas de NY durante o feriado paulista de 6ªF, o Ibovespa buscou a recuperação, subindo mais do que seus pares americanos nesta segunda-feira. O índice voltou aos 127 mil pontos, em alta de 1,73% e com volume de R $ 30,4 bilhões. Com agenda esvaziada do dia, o investidor deixou a crise política para depois, ignorando pesquisas, denúncias e o impasse na reforma tributária que deixou de pesar sobre os bancos, que se valorizaram, como seus pares americanos na expectativa dos balanços que começam a ser divulgados hoje.

O IBOV segue em tendência de alta no longo prazo, porém sinais da correção foram dados e estão em andamento, após encontrar grandes dificuldades de seguir acima dos 130 mil pontos, atual resistência no gráfico e operar abaixo da média móvel curta (21 períodos). O Investidor estrangeiro retirou R$ 583,97 milhões da B3 em 8 de julho, quinta-feira; retiraram R$ 1,21 bilhão da B3 no acumulado de julho; no ano, saldo é positivo em R$ 46,8 bilhões.

Indicadores:
EUA: Balanços de PepsiCo (7h), JPMorgan (8h) e Goldman Sachs (8h30)
EUA / Depto. do trabalho: CPI de junho e Núcleo do CPI (9h30)
França : AIE divulga relatório sobre mercado de petróleo (5h)
IBGE: volume de serviços em maio (9h)

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