Cenário global: chega ao fim uma semana de muita volatilidade nos mercados com receios em relação ao impacto da variante Delta do coronavírus sobre a saúde da população e da atividade econômica global. Hoje, as bolsas europeias operam em alta, enquanto as bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em queda nesta sexta-feira, mas o índice Nikkei no Japão avançou 0,58%. Os investidores acompanham a divulgação do PMI preliminar de julho da zona do euro e EUA, enquanto no Brasil é dia de IPCA-15 (9h).
As bolsas europeias sobem de forma consistente neste início dos negócios, após a divulgação de PMIs com dados bons na região. O PMI composto preliminar subiu a 60,6 em julho, ante consenso de 59,9; o PMI de serviços avançou a 60,4, ante consenso de 59,2; e o PMI industrial caiu menos do que o previsto, para 62,6, ante consenso de 62,5. Repercute ainda o tom “dovish” do Banco Central Europeu em sua reunião ontem, que confirmou a política monetária expansionista com manutenção de estímulos. Outro dado bem-vindo, que beneficia a bolsa de Londres, foram as vendas no varejo no Reino Unido, que subiram 0,5% em junho ante maio e o consenso era que queda de 0,6%.
S&P 500 subia 0,48%, a 4280,75 pontos; Em LONDRES, o índice Financial Times UK100 avançava 0,84%, a 7.027 pontos; Em FRANKFURT, o índice DAX subia 0,99%, a 15.668 pontos; Em PARIS, o índice CAC-40 ganhava 1,03%, a 6.548 pontos; Em MILÃO, o índice Ftse/Mib tinha valorização de 1,12%, a 25.082 pontos; Em MADRI, o índice Ibex-35 registrava alta de 0,96%, a 8.704 pontos; Em LISBOA, o índice valorizava-se 0,67%, a 5.049 pontos; O petróleo tipo Brent em Londres recuava 0,28%, a 73,58 dólares por barril; Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,58%, a 27.548 pontos; Em HONG KONG, o índice HANG SENG HSI caiu 1,45%, a 27.321 pontos; Em XANGAI, o índice SSEC 000001 perdeu 0,68%, a 3.550 pontos.
Brasil: o noticiário doméstico segue aquecido, mesmo em meio ao recesso parlamentar. Na quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro confirmou a nomeação do senador Ciro Nogueira (PP-PI) para a chefia da Casa Civil, em movimento que pode fortalecer a sustentação parlamentar do governo, mas alimenta preocupações com maior pressão por gastos. Além disso, a tensão entre os poderes aumenta, após declarações do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, sobre o voto impresso, também contribuiu para manter a temperatura política elevada.
O dólar fechou em alta ontem (0,36% a R$ 5,21) depois de ter muita volatilidade ao longo do dia, refletindo um cenário externo também instável e ainda o aquecido noticiário político doméstico.
O Ibovespa fechou com leve alta ontem, em um pregão morno e com volume financeiro abaixo da média, mas foi sustentado pelo movimento positivo em Wall Street, mas o declínio das ações do setor bancário pesou no índice e impediu um avanço mais consistente. IBOV subiu 0,17%, a 126.146,66 pontos com volume financeiro de R$ 21,8 bilhões.
O IBOV segue em tendência de alta no longo prazo, porém um movimento de queda no curto prazo foi consolidado, após encontrar grandes dificuldades de seguir acima dos 130 mil pontos, em seguida romper abaixo dos 124 mil pontos e cruzar abaixo da média móvel curta (21 períodos). Revertendo uma sequência retiradas, o investidor estrangeiro entrou com R$ 509,13 milhões na B3 na quarta-feira, 21 de julho. No acumulado de julho, estrangeiro retirou R$ 4,95 bilhões da B3; no ano, saldo é positivo em R$ 43.06 bilhões.
Indicadores: |
FGV: IPC-S da 3ª quadrissemana de julho (8h ) |
IBGE: IPCA-15 de julho (9h) |
Brasil: Balanço de Hypera, após o fechamento do mercado |
EUA: Balanço de American Express |
EUA / IHS Markit: PMI composto preliminar de julho (10h45) |
EUA / Baker Hughes: poços de petróleo em operação (14h) |
Alemanha / IHS Markit: PMI composto preliminar de julho (4h30) |
Zona do euro / IHS Markit: PMI composto preliminar de julho (5h) |
Reino Unido IHS / Markit: PMI composto preliminar de julho (5h30) |
Rússia: BC divulga decisão de política monetária (7h30) |