Cenário global e bolsa de valores
Nesta terça-feira, nos EUA têm dados importantes, com vendas no varejo e produção industrial, que podem dar mais sinais de desaceleração econômica, bem como da participação do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, em um encontro com educadores e estudantes dos Estados Unidos. Antes da abertura, sai o balanço de Walmart e será divulgado o PIB do segundos trimestre da zona do euro. O controle mais rigoroso imposto sobre o setor de internet da China, o lockdown nacional na Nova Zelândia e as restrições de movimento em vários países asiáticos deixavam os investidores preocupados, mesmo com as economias europeias continuando a se recuperar de mínimas da pandemia.
Hoje, as bolsas europeias estão caindo para seu menor nível em uma semana, com o aumento nos casos de Covid-19 na Ásia e em outras regiões, intensificando os temores de uma desaceleração no crescimento econômico global. O índice europeu STOXX 600 caía pela segunda sessão consecutiva, logo depois de registrar sua mais longa sequência de ganhos em mais de uma década, porém a queda atual é bem contida e oscila próxima da estabilidade. Setores economicamente sensíveis, como de petróleo e gás, viagens e lazer, montadoras e bancos, lideravam as quedas nesta manhã.
Ásia: bolsas fecham em baixa, pressionadas por serviços e iniciativa da China sobre controle da internet; a bolsa de Xangai fechou em queda de 2,00%, aos 3.446,98 pontos; Em Tóquio, índice Nikkei caiu 0,36%, para 27.424,47 pontos; Em Hong Kong, Hang Seng recuou 1,66%, aos 25.745,87 pontos; em Seul, Kospi perdeu 0,89%, para 3.143,09 pontos; Europa: índice Stoxx 600 cai 0,16%, aos 472,70 pontos; Bolsa de Frankfurt recua 0,30%, Londres +0,07%, Paris -0,53% e Madri -0,97%; Petróleo: Brent para outubro cai 0,33%, para US$ 69,28 o barril; Ouro para dezembro sobe 0,34%, cotado a US$ 1.795,85 a onça-troy; Há pouco, o futuro do Dow Jones caía 0,64%, do S&P 500 -0,52% e do Nasdaq -0,40%.
Cenário no Brasil
No Brasil, o IGP-10 de agosto (8h) deve acelerar forte em relação a julho, em mais um golpe para os juros futuros. O dia ainda conta com a declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em webinar do Bradesco BBI às 15h. Além disso, as atenções se voltam também para a Câmara dos Deputados, onde deve ser votado o projeto que altera regras do Imposto de Renda, parte do conjunto de medida que integram a reforma tributária em tramitação no Congresso.
Ibovespa
Ontem, os dados econômicos abaixo das estimativas sobre a atividade na China e a piora de perspectivas para inflação e juros no Brasil colocaram investidores na ponta vendedora de ações domésticas, levando a bolsa brasileira na segunda-feira à mínima desde o começo de maio. O Ibovespa caiu de forma consistente 1,66%, a 119.180,03 pontos, com volume financeiro de R$ 34,2 bilhões, acima da média. O IBOV segue em tendência de alta no longo prazo, porém um movimento de queda no curto prazo foi consolidado, após encontrar grandes dificuldades de seguir acima dos 130 mil pontos, em seguida romper abaixo dos 124 mil e 120 mil pontos e cruzar abaixo da média móvel curta (21 períodos). No acumulado de agosto, o capital estrangeiro entrou com R$ 2,43 bilhões líquidos na B3; no ano, saldo é positivo em R$ 42,19 bilhões.
Indicadores econômicos: |
Roberto Campos Neto participa de palestra do Bradesco (15h) |
Fipe: IPC da 2ª quadrissemana de agosto (5h) |
FGV: IGP-10 de agosto (8h) |
FGV: IPC-S Capitais da 2ª quadrissemana de agosto (8h) |
Câmara pode votar reforma do Imposto de Renda |
EUA: Balanço de Walmart, antes da abertura do mercado |
EUA/Deptº do Comércio: vendas no varejo em julho (9h30) |
EUA/Fed: produção industrial de julho (10h15) |
EUA/NAHB: índice de confiança das construtoras em agosto (11h) |
EUA: Presidente do Fed, Jerome Powell, participa de evento Town Hall (14h30) |
EUA/API: estoques de petróleo da semana até 13/08 (17h30) |
Zona do euro/Eurostat: PIB preliminar do 2TRI (6h) |