Destaques (José Falcão Castro):
- Os índices futuros de Nova York e as bolsas europeias operam em leve alta. Hoje terá decisão de juros do Banco Central Europeu, com expectativa de que ampliará estímulos à retomada da economia, mas o dia tem vários sinais de cautela no radar dos investidores;
- Há impasses no pacote de socorro americano, que pode ficar para 2021, e no Brexit; a Comissão Europeia diz que há “grande incerteza” após visita de Boris Johnson ontem a Bruxelas;
- No Reino Unido, produção industrial de outubro caiu 5,5% na comparação mensal, evidenciando desaceleração na retomada;
- A covid nos EUA continuam produzindo números preocupantes, com recorde de mais de 3 mil mortes em 24 horas e ficou para amanhã a decisão do FDA sobre a aplicação emergencial da vacina da Pfizer nos americanos. Na Alemanha, as infecções por covid em 24 horas têm novo recorde: 23.679 casos, com 440 mortes;
- No pré-mercado, Dow Jones futuro sobe 0,20%, S&P 500 (+0,12%), Nasdaq (-0,03%); a bolsa de Frankfurt avança 0,14%, Londres (+0,45%), Paris (+0,32%), Madri (+0,04%), Milão (+0,22%) e Lisboa +0,42%;
- Mais cedo, o impasse no pacote de socorro americano e repiques de covid roubaram fôlego das bolsas asiáticas; Xangai (+0,04%), Nikkei (-0,23%), Hong Kong (-0,35%);
- No Brasil, em decisão do Copom, que manteve a Selic em 2%, mas sinalizou que deverá retirar “em breve” o forward guidance, sinalizando para o aumento do juro em 2021;
- No cenário político, os ruídos continuam, Rodrigo Maia atacou duramente o governo ontem em relação a disputa pela presidência na Câmara, dentre outras críticas, e a politização em torno da vacina aumenta a cada dia.
Análise Gráfica – IBOV (Hugo Carone):
- IBOV sofre uma leve realização até o momento, o índice se quer testa o primeiro suporte que atualmente sobe para 111.900, o seguinte continua na faixa dos 105 mil pontos. Lembrando que se o fechamento permanecer acima do primeiro suporte a força continua sendo compradora;
- Resistência sem alteração na faixa dos 115 mil pontos e acima apenas o topo histórico.
Cenário macroeconômico (Murilo Breder):
- Volta e meia o clima de otimismo com a vacina é interrompido. Hoje foi um destes dias. Enquanto a PEC Emergencial segue preocupando os investidores e os números da Covid-19 continuam altos, nos EUA, há uma frustração do mercado após impasses na negociação para novos estímulos fiscais;
- Dessa forma, a quarta-feira foi marcada por uma queda de 0,7% para o principal índice de ações brasileiro, o Ibovespa. Ainda assim, o índice fechou levemente acima dos 113 mil pontos;
- Outra importante notícia é a manutenção da taxa Selic em 2%. A grande novidade, no entanto, é o Copom apontando que a taxa básica de juros do país deve ficar em 3% ao ano.
Cenário corporativo (Murilo Breder):
- O Grupo NotreDame Intermédica (GNDI3, +0,5%) anunciou mais uma aquisição, desta vez foi o hospital da Lifetime Sistemas de Saúde em Belo Horizonte (MG). Ao levar um grande hospital da capital mineira, a empresa segue demonstrando um apetite muito forte para manter seu crescimento via aquisições;
- Também em destaque, a Taurus (TASA4, -9,7%) recua forte após o governo decidir zerar a alíquota do Imposto de Importação de revólveres e pistolas a partir do dia 1º de janeiro de 2021;
- Por fim, a Tupy (TUPY3, -5,3%) informou que o Cade emitiu um parecer inicial desfavorável à aquisição da subsidiária brasileira Teksid. A companhia terá agora que defender a transação não oferece quaisquer efeitos concorrenciais danosos ao mercado brasileiro.
Indicadores |
Brasil: |
Levantamento de safra de grãos 2020/21 (Conab) |
Pesquisas trimestrais do abate de animais (IBGE) |
Indicador de atividade econômica (segunda prévia da FGV) |
Pesquisa mensal do comércio / Vendas no varejo (IBGE) |
Índice de confiança do empresário industrial (CNI) |
EUA: |
Inflação (IPC) |
Pedidos de seguro desemprego semanal |
Europa: |
Zona do Euro: Juros (BCE) |
Reino Unido: PIB mensal / Produção industrial |
* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico.