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Finanças

Morning Call: bolsas globais aguardam o dado mais importante de setembro nos EUA

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje e uma breve análise do índice Bovespa.

Cenário global e bolsa de valores

Nesta terça-feira, os investidores aguardam pelo dado que tem sido de maior relevância dos últimos meses, a inflação nos Estados Unidos (CPI às 9h30). Há receios de que a inflação possa demonstrar que não é transitória como os bancos centrais afirmam e no decorrer de setembro, inclusive, mantiveram as bolsas americanas e europeias em baixa, porém não podemos nos esquecer de que o S&P 500 e o índice europeu Stoxx 600 vêm de uma sequência de sete meses de altas. A grande questão aqui, é quando o Federal Reserve pode começar a reduzir o estímulo, porém parte do mercado possui baixa expectativa de que possa antecipar o tapering na reunião do Fed na próxima quarta-feira, dia 22 de setembro.

As bolsas europeias operam próximas da estabilidade neste início de pregão, com cautela antes de dados de inflação dos Estados Unidos e o recuo nos papéis de empresas de luxo e mineração que ofuscam o otimismo em torno da recuperação econômica da região, que deu impulso nas bolsas em 2021. Ações de luxo, de nomes como LVMH, Kering, Richemont e Burberry, caíam em torno de 3%, acompanhando seus pares asiáticos em meio a preocupações sobre a propagação da Covid-19 na China. A China é importante para o setor de luxo, pois um terço das vendas mundiais do ramo vão para o país. Ações de mineração expostas à China, perdiam 1,3%, pressionando o FTSE 100 do Reino Unido, pesado em commodities.

Cenário no Brasil 

No Brasil, a Câmara dos Deputados tem agenda carregada e isso é bom, menos atrito político e mais trabalho. A partir das 9h está prevista discussão e votação da PEC da reforma administrativa na comissão especial onde tramita. No mesmo horário haverá comissão geral no Plenário sobre preço dos combustíveis, com a presença do presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna. A partir das 13h, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara pode analisar a admissibilidade da PEC dos precatórios. Ainda pela manhã, a partir das 9h, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, fala em evento do BTG Pactual, no qual o ministro da Economia, Paulo Guedes, dará palestra marcada para às 17h.

Ibovespa

O Ibovespa fechou em alta, puxado pelo viés positivo nos mercados externos, além da relativa trégua na tensão político-institucional do país, embora os diversos desafios na questão fiscal com os precatórios, dentre outros, se mantenham no radar do mercado financeiro. O Ibovespa avançou forte, com alta de 1,85%, a 116.403,72 pontos, mas com volume financeiro abaixo da média, de R$ 25,8 bilhões. O IBOV entrou em uma tendência de baixa no longo prazo ao cruzar abaixo da média móvel de 200 períodos, além disso, um movimento de queda no curto prazo já foi consolidado, após encontrar grandes dificuldades de seguir acima dos 130 mil pontos, em seguida romper abaixo dos 124 mil, 120 mil pontos e por último os 115 mil pontos e segue se afastando abaixo da média móvel curta (21 períodos).

Indicadores econômicos e eventos
IBGE: volume de serviços em julho (9h)
Roberto Campos Neto no MacroDay (9h)
Presidente da Petrobras, Joaquim Luna e Silva, participa de debate na Câmara (9h)
CPI da Covid: empresário Marcos Tolentino (9h30)
EUA/Depto. do trabalho: CPI de agosto e Núcleo do CPI (9h30)

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