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Finanças

Morning Call: mercados respiram após tensão com nova variante do coronavírus

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje, os destaques de ontem e uma breve análise do índice Bovespa.

Destaques (José Falcão Castro):

  • Hoje, o PIB nos EUA e o IPCA-15 aqui são destaques, com o mercado menos assustado com a nova cepa do coronavírus, após garantia de cientistas de que as vacinas são eficazes contra a mutação. Há uma tendência de estabilidade nos índices futuros em Wall Street, com alta do dólar, com o mercado absorvendo as notícias sobre a nova variante da Covid e comemorando a aprovação do novo pacote de estímulos americano;
  • Há pouco, o futuro do Dow Jones caía 0,05%, S&P 500 subia 0,10% e Nasdaq (+0,34%). As bolsas europeias operam em alta com aprovação do pacote americano. Também contribuiu para o clima positivo o crescimento do PIB britânico no terceiro trimestre ante o segundo, de 16%; estimativa era de +15,5%. Há pouco, a bolsa de Frankfurt subia 0,90%, Londres (+0,22%) e Paris (+0,77%);
  • Commodities também devolvem excessos: petróleo tipo Brent (fev) cai 1,02% e ouro (fev) -0,14%;
  • No Brasil, FGV: confiança do consumidor recua 3,2 pontos em dezembro ante novembro, para 78,5 pontos;
  • A equipe econômica está em alerta máximo para barrar a votação da PEC que eleva em 1% as transferências da União aos municípios, com custo de R$ 4 bi/ano ao Tesouro; Maia adiou a sessão para hoje, às 18h, só para dar tempo ao governo de organizar a base e aprovar requerimento de retirada da pauta.

Análise Gráfica – IBOV (Hugo Carone):

  • Temos o primeiro fechamento abaixo do suporte imediato 116.000 pontos e se permanecer abaixo não teria nada de errado buscar os 109.000. A Resistência imediata está em 116.000 e acima, nos 120.030 pontos.

Cenário global e bolsa brasileira ontem (Murilo Breder):

  • O dia foi negativo para as bolsas diante dos temores do surgimento de uma nova cepa do coronavírus no Reino Unido, levando a suspensão de voos e outras restrições na região. A notícia apagou o impacto positivo da aprovação de uma nova vacina nos Estados Unidos e do acordo para um novo pacote de estímulos de US$ 900 bi à economia no país;
  • A abertura assustou muita gente, com alguns ativos como a Via Varejo recuando mais de 10% e o próprio Ibovespa abrindo em queda de 2,5%. Apesar da recuperação durante o pregão, o Ibovespa fechou em queda de -1,9% nesta segunda (21);
  • O surgimento da nova cepa atingiu diretamente o preço do petróleo diante de temores de uma recuperação mais lenta na demanda por combustíveis. Dessa forma, as ações da Petrobras (PETR4) fecharam em queda de -3,8%. Já as ações da PetroRio se mostraram mais resilientes e recuaram apenas 0,3%;
  • Com a nova cepa, o ‘kit coronavírus’ composto pelas companhias aéreas Gol (GOLL4, -4,8%) e Azul (AZUL4, -3,8%), além da empresa de turismo CVC (CVCB3, -3,9%) e a Embrear (EMBR3, -4,6%) ficaram entre os principais destaques negativos;
  • Outro destaque do dia é a Cogna (COGN3) que recuou 2,9%. Em fato relevante divulgado nesta segunda, a companhia informou que seu conselho de administração recebeu a renúncia do diretor financeiro, Jamir Saud Marques, que “decidiu trilhar novos desafios pessoais”. Ele atuava na Cogna desde 2015, e permanece no cargo até 4 de janeiro de 2021. Quem irá assumir o cargo será Frederico da Cunha Villa;
  • Apenas seis empresas do Ibovespa subiram. Entre elas, o principal destaque é para o Magazine Luiza (MGLU3), com ganhos de 2%. A varejista informou nesta manhã que fechou contrato para aquisição de 100% da Hub Fintech por R$ 290 milhões. Com ela, o MagaluPay dá um salto. O cliente, agora, vai poder fazer transferência, pagar qualquer tipo de conta, recarregar celular e vale-transporte, utilizar o PIX e até sacar dinheiro em caixas 24h.
Indicadores
Brasil:
IPCA-15 de dezembro (9h)
FGV: confiança do consumidor
EUA:
EUA: leitura final do PIB/3TRI (10h30)
EUA/Conference Board: confiança do consumidor de dezembro (12h)
EUA: vendas de moradias usadas de novembro (12h)
Europa:
PIB/3TRI do Reino Unido

* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico. 

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