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Finanças

Morning Call: Ibovespa devolve boa parte dos ganhos de novembro

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje e uma breve análise do índice Bovespa.

Cenário global e bolsa de valores

No cenário externo, os dados fortes de vendas no varejo dos Estados Unidos divulgados ontem, em meio à inflação alta, reforçam as expectativas de alta dos juros pelo Fed já em meados de 2022. Investidores também disseram que os dados podem encorajar o Fed a acelerar a redução de seu programa de compras de ativos, o tão falado tapering. Na zona do euro, a inflação (CPI) sobe 0,8% em outubro na comparação com setembro. O índice vem em linha com a previsão dos economistas de mercado e na comparação anual, os preços aos consumidores do bloco europeu subiram 4,1%.

Os mercados acionários da Ásia encerraram a 4ªF sem direção única. No Japão, o índice Nikkei fechou o dia em baixa de -0,40% aos 29.688,33 pontos. Segundo as agências internacionais, um possível movimento de realização de lucros ocorreu após quatro sessões seguidas em alta. O anúncio do governo japonês de que estuda medida temporária para mitigar os preços elevados da gasolina, por meio de subsídios a refinarias, fez a ação de companhias ligadas ao petróleo subirem. Na China, o índice Xangai teve ganho de +0,44%, fechando em 3.573,37 pontos. A reunião virtual entre Biden e Xi Jinping ainda repercutiu positivamente na China. Em Hong Kong, o índice Hang Seng terminou o dia em baixa de -0,25%, em 25.650,08 pontos com possível realização de lucros após sequência de seis altas seguidas.

Futuros: Dow Jones (-0,05%), S&P 500 (-0,02%), Nasdaq (+0,10%); Petróleo: Brent a US$ 81,70 (-0,89%); WTI a US$ 79,86 (-1,11%); Ouro: + 0,45%, a US$ 1.862,40 a onça-troy na Comex; Treasuries: T-Note de 10 anos a 1,63100 (de 1,63870); Londres (+0,34%) a 7.302,22; Frankfurt (+0,11%) a 16.266,01; Paris (+0,05%) a 7.156,53; Madrid (-0,28%) a 9.014,10; Índice Stoxx 600 (+0,00%) a 488,90.

Cenário no Brasil

Aqui, o governo divulgará hoje a estimativa para o PIB de 2022 acima de 2%, com visão oposta ao mercado financeiro, que já projeta crescimento zero ou retração, com Itaú, Credit Suisse e Haitong revisando suas estimativas na semana passada de retração entre -0,2% e -0,5%. As atualizações dos indicadores serão divulgadas pelo Ministério da Economia esta manhã, enquanto os investidores continuam preocupados com a inflação (inclusive nos EUA) e os riscos fiscais, ampliados pelas incertezas do Auxílio Brasil, que começa a ser pago nesta quarta-feira. Sem definição, a PEC dos precatórios não deverá sair a tempo, mas já absorve novos gastos, como o aumento dos salários dos servidores públicos, que Bolsonaro incluiu no teto expandido.

Ibovespa

O Ibovespa fechou em queda pelo segundo pregão consecutivo nesta terça-feira, devolvendo boa parte da alta acumulada em novembro, com as ações de Vale e Magazine Luiza entre as maiores pressões de baixa, Magalu e as demais varejistas sofrem em um cenário de juros em alta, inflação e baixo crescimento que se convertem em menos consumo e menos faturamento paras as empresas do setor. O Índice de referência do mercado acionário brasileiro caiu 1,82%, a 104.403,29 pontos. O volume financeiro somou 27,8 bilhões de reais. Com o fechamento de ontem, o Ibovespa acumulou queda de quase 3% apenas nesses últimos dois pregões e agora contabiliza uma alta de apenas 0,9% em novembro. Até a quinta-feira da semana passada, subia quase 4%.

O IBOV segue em uma tendência de baixa no longo prazo ao cruzar abaixo da média móvel de 200 períodos e formar topos e fundos descendentes, além disso, um movimento de queda no curto prazo já foi consolidado, após operar abaixo da média móvel curta (21 períodos) e romper o fundo formado no dia 20 de setembro aos 107.500 pontos. Qualquer movimento positivo neste momento será considerado um repique de alta, dentro da tendência principal de baixa, portanto é necessário mais tempo e mais confirmações para reverter esta tendência.

No acumulado de novembro, o saldo de investidor estrangeiro na B3 é positivo em R$ 1,45 bi; no ano, o saldo é positivo em R$ 56,16 bilhões; Em 10 pregões, o total está positivo em R$ 1,22 bi (5 positivos e 5 negativos).

Indicadores econômicos e eventos
FGV: IPC-S Capitais (8h)
SPE projeções de indicadores econômicos (9h30)
EUA: construções de moradias (10h30)
EUA: estoques de petróleo (12h30)
BC: Fluxo cambial semanal (14h30)

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