Estudos recentes comprovam que empresas cujos critérios atendam aos quesitos ESG (que significa boas práticas ambientais, sociais e de governança) tendem a entregar maiores retornos aos seus investidores, já que conseguem reduzir riscos e surpresas desagradáveis no longo prazo. Essas companhias conseguem atravessar com mais tranquilidade crises como a pandemia da covid-19, o que por sua vez, acaba conquistando a confiança do mercado.
Três professores da Harvard Business School analisaram os retornos gerados, ao longo de 20 anos, por 2.307 empresas americanas que se destacam em performance ESG. A conclusão foi de que, no período, essas companhias apresentaram um retorno adicional de 9% ao ano para o acionista.
Já um outro relatório Especial do Barômetro da Edelman Trust 2020 sobre investidores institucionais, aponta que 95% dos índices de sustentabilidade performaram melhor que os de bolsas que não consideram esses critérios. A pesquisa considerou 600 investidores institucionais, dentre os seis principais países que apostam em ESG: Estados Unidos, Canadá, Grã-Bretanha, Alemanha, Holanda e Japão. Outro destaque desse estudo foi que o fator “social” passou a ocupar o primeiro lugar de importância nos Estados Unidos, principalmente por conta da pandemia.
Trazendo para o cenário brasileiro, desde 2005 que a B3 tem um índice de sustentabilidade empresarial chamado ISE. E analisando o desempenho deste índice, que hoje tem na sua carteira 46 empresas de 27 setores, dos 16 anos do levantamento, em 10 ele superou o Ibovespa. Já olhando para a sua performance acumulada em igual período, ela foi de 267% contra 228% do Ibovespa.
Segundo a B3, para se expor ao Índice de Sustentabilidade Empresarial, os investidores contam com um ETF e 14 fundos de investimento. Ao menos 73 companhias se inscreveram para passarem pelo processo seletivo ESG do índice, mas 46 foram aprovadas na nova carteira em vigor a partir de janeiro. Veja lista abaixo:
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- O que é ESG e qual a importância?
