As ações das companhias aéreas Azul e Gol dominaram as quedas do principal indicador da B3, o Ibovespa, nesta sexta-feira (04), impactadas pelas altas nos preços do petróleo e do dólar. No acumulado da semana, as companhias também encabeçam a lista das maiores desvalorizações.
Depois de reportar os números do quarto trimestre de 2021, a empresa de energia AES também encerrou o dia em queda, assim como a administradora de shoppings Iguatemi, após anunciar a compra de um brechó de luxo.
Na outra ponta, a produtora de papel e celulose Suzano ficou com a maior alta do indicador ao subir 6,70%, para R$ 57,33. Confira os destaques do dia e de semana:
Aéreas
Em dia de desempenho negativo para as companhias que atuam no mercado doméstico, a Azul ficou com a pior performance do pregão ao fechar em queda de 7,77%, para R$ 21,83, e a Gol (GOLL4) apareceu na sequência com recuo de 7,64%, para R$ 14,86. “A elevação do preço do petróleo somada à elevação do dólar pressionam os papéis de turismo e aviação”, explicou a equipe da Ativa Investimentos.
AES
Em meio ao reporte do balanço do quarto trimestre de 2021, a AES Brasil (AESB3) terminou em queda de 3,23%, para R$ 11,10. A empresa registrou prejuízo de R$ 34,8 milhões no período, revertendo lucro de R$ 602,6 milhões reportados no mesmo intervalo de 2020. A receita operacional líquida avançou 37,5% no ano contra ano, totalizando R$ 731,9 milhões nos últimos três meses do ano passado.
Para a equipe de research da Levante Investimentos, os números da empresa vieram fracos, impactados por efeitos não recorrentes e pelo cenário hidrológico.
“No que se refere ao seu Ebitda, a geradora reportou um recuo 82,4% no ano contra ano, somando R$ 205,2 milhões no trimestre. A contração da linha reflete a contabilização da repactuação do GSF (medida de risco hidrológico) em 2020, o que impactou positivamente os números da companhia na época”, escreveu a equipe.
A casa também afirmou que a AES ainda sofreu com os efeitos da crise hídrica enfrentada ao longo do ano, o que a deixou mais fragilizada, já que a companhia precisou arcar com maior custo na compra de energia para honrar seus compromissos, o que compensou sua economia com menores despesas com PMSO (Pessoal, Material, Serviço e Outros).
“Os resultados da AES Brasil vieram desapontadores, de modo que esperamos um impacto negativo no preço das ações da companhia para o curto prazo. De fato, a empresa, que tem sua operação concentrada em geração hídrica, sofreu com o cenário hidrológico adverso enfrentado no ano passado. Nesse sentido, a mesma já declarou que pretende reduzir sua exposição às variações da hidrologia, buscando expandir para outras fontes”.
Para 2022, a Levante espera uma normalização da operação da companhia, “que deve se beneficiar do atual cenário de chuvas mais intensas que o país tem vivenciado desde o final do ano passado”.
Iguatemi
A Iguatemi (IGTI11) cedeu 3,63%, para R$ 18,87, depois de anunciar a compra de 23,08% da Etiqueta Única, empresa de comércio eletrônico que realiza a intermediação de venda de artigos de luxo usados, por R$ 27 milhões.
Destaques da semana
Ticker | Variação semanal em % |
GOLL4 | -14,00 |
AZUL4 | -13,68 |
CVCB3 | -11,87 |
ABEV3 | -8,36 |
LWSA3 | -8,11 |
Ticker | Variação semanal em % |
CSNA3 | 15,54 |
GGBR4 | 15,48 |
BRAP4 | 14,31 |
RRRP3 | 13,99 |
GOAU4 | 13,64 |