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Negócios

Produção de minério de ferro da Vale cai 6% no 1º tri; vendas recuam 9,6%

Já a produção de pelotas atingiu 6,9 milhões de toneladas, avanço de 10% no comparativo anual.

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Logo da Vale na entrada da mina de Brucutu, em São Gonçalo do Rio Abaixo 04/02/2019 REUTERS/Washington Alves

A mineradora Vale (VALE3) divulgou na noite desta terça-feira (19) seus dados de produção e vendas referentes ao primeiro trimestre de 2021. A produção de minério de ferro da companhia totalizou 63,9 milhões de toneladas no período, queda de 6% ante o mesmo intervalo do ano passado.

Em relação ao quarto trimestre de 2021, o recuo chegou a 22,5%, o que, segundo relatório de resultados da companhia, se deve principalmente à sazonalidade climática habitual.

A produção de pelotas atingiu 6,9 milhões de toneladas, avanço de 10% no comparativo anual. O resultado é decorrente, apontou a Vale, do maior desempenho na planta de Omã, devido a menor ocorrência de atividades de manutenção realizadas no período.

Já os volumes de vendas de minério de ferro totalizaram 53,6 milhões de toneladas, queda de 9,6% em relação ao primeiro trimestre de 2021, enquanto a venda de pelotas somou 7 milhões de toneladas, alta de 11,8% na mesma análise de comparação.

Em relatório de resultados, a companhia informou seu guidance (projeção) para produção em 2022, que deve atingir entre 320 e 335 milhões de toneladas de minério de ferro e entre 34 e 38 milhões de toneladas de pelotas.

Visão do mercado

Em relatório, Ilan Arbetman e Tadeu Lourenço, analistas da Ativa Investimentos, escreveram que apesar das expectativas para a produção de minério já estarem ancoradas para baixo neste primeiro trimestre de 2022, a produção de minério de ferro ficou 4,6% abaixo das expectativas da casa.

“Devido à maior pluviometria no sudeste, às dificuldades na obtenção de licenças, à realização de manutenção em diversos sítios e um menor desempenho de S11D (complexo minerador)”, escreveu a dupla ao reiterar que o mercado deve reagir negativamente aos números apresentados.

De positivo, os analistas apontaram a produção e a vendas de pelotas, além dos maiores prêmios, que devem compensar em parte a fraqueza operacional registrada em finos de minério. Além disso, em metais básicos, a “expectativa de normalização das operações se mantém mais firme em níquel, enquanto na operação de cobre, Vale dá sinais que seguirá enfrentando desafios durante os próximos trimestres”, disseram os analistas.

A equipe da Ativa manteve recomendação neutra para o papel da mineradora e enxerga que a companhia tem aplicado sua política de valor sobre volume em finos em meio à uma oferta ainda bastante ajustada e com maiores preços de equilíbrio que o esperado pela Ativa no início de ano, porém diante de maiores custos logísticos e uma demanda chinesa cuja perenidade segue assimétrica.

Na after market (negociação após o fechamento do mercado) da bolsa de valores de Nova York, os papéis eram negociados em alta de 1,33%.

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