Cenário Global e de Bolsa de Valores
O mercado acionário chinês fechou em baixa nesta quarta-feira, depois que o banco central do país surpreendentemente manteve suas taxas de juros de referência inalteradas, apesar das frequentes promessas do governo de apoiar a economia em desaceleração, atingida pelo pior surto de Covid-19 em dois anos.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 1,6%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 1,4%.
Na zona do euro a produção industrial se recuperou conforme o esperado em fevereiro depois de perdas em janeiro graças à fabricação mais forte de bens ao consumidor, o que compensou quedas em energia e bens de capital, de acordo com dados divulgados hoje cedo.
Já no cenário norte-americano, os três principais índices de Wall Street tiveram seus melhores dias em mais de um mês na terça-feira, conforme investidores repercutiram balanços positivos e comentários mais brandos de duas autoridades do banco central dos Estados Unidos sobre aumentos da taxa de juros.
Na abertura, Londres operava em alta de +0,43%; Frankfurt, +1,19%; Paris, +1,34% e Madrid, +1,23%. Já os futuros americanos: Dow Jones (+0,18%), S&P 500 (+0,07%), Nasdaq (-0,12%); Petróleo: Brent a USD 108,14 (+0,85%); WTI a USD 102,90 (+0,82%); Ouro: -0,19%; USD 1.955,40 a onça-troy.
Cenário no Brasil e Ibovespa
No cenário doméstico, e Eletrobras entra no foco dos investidores nesta quarta-feira, pois integrantes do governo e agentes do mercado temem um desfecho desfavorável à privatização da companhia no julgamento desta quarta-feira no Tribunal de Contas da União (TCU).
Já a Usiminas (USIM5) abre a temporada de divulgação de resultados pela manhã, seguidos de teleconferência.
O dólar fechou em alta frente ao real, em dia de força generalizada da divisa norte-americana, com renovadas apostas de juros mais altos nos EUA em meio à inflação alta.
O principal índice da bolsa brasileira, retraiu 0,55%, a 115.056 pontos, terceira sessão seguida de queda. O volume financeiro do pregão foi de R$ 26,3 bilhões.
Do ponto de vista técnico de longo prazo, nestas duas últimas semanas o Ibovespa se aproximou das médias (9 e 21 períodos), o que confirma o movimento de correção após o longo distanciamento destas médias. Para o principal índice da B3 manter-se em um movimento altista, é crucial encerrar esta semana acima dos 115.870 pontos ou em um cenário otimista acima da máxima da última semana, aos 118.600 pontos.
Vale lembrar que no curto prazo o IBOV está há 9 dias sem negociar acima da média de 9 períodos, mas com um suporte importante nos 114.750 pontos. O suporte pode ser entendido como uma barreira onde o preço encontra pressão compradora com mais intensidade e isso pode dificultar ou até mesmo impedir a ultrapassagem dos preços por essas regiões, logo, são pontos de parada dos preços em momentos de queda.
Indicadores econômicos e eventos
BRA
08:00 – FGV , segunda prévia IGP-M de abril
11:00 – Tesouro faz leilão de LTN e NTN-F
14:30 – TCU julga a segunda etapa da privatização da Eletrobras
EUA
00:00 – Balanço da Procter & Gamble antes de abertura e Tesla, United Airlines e Alcoa após fechamento.
11:00 – Vendas de Casas Usadas (Mar)
11:30 – Estoques de Petróleo Bruto
11:30 – Discurso do presidente do Fed de Chicago em evento do Instituto Peterson
12:25 – Presidente do Fed de São Francisco discursa em evento do CBER
14:00 – Presidente do Fed de Atlanta participa de conversa no Instituto Penn
15:00 – Fed divulga o Livro Bege
