A produção industrial brasileira cresceu 0,3% em março na comparação com fevereiro, segundo o dado divulgado nesta terça-feira (03) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A indústria avançou pelo segundo mês consecutivo, mas terminou o primeiro trimestre sem se recuperar da perda do início do ano, quando recuou 2%.
As influências positivas mais significativas foram de veículos automotores, reboques e carrocerias (6,9%), outros produtos químicos (7,8%), bebidas (6,4%) e máquinas e equipamentos (4,9%), que estenderam o crescimento registrado no mês anterior.
Entre as 12 atividades que puxavam o indicador para baixo, as maiores quedas foram de produtos alimentícios (-1,7%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,1%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-8,4%).
Já entre as grandes categorias econômicas, bens de capital (8,0%) e bens de consumo duráveis (2,5%) registraram as taxas positivas que mais se sobressaíram.
No acumulado dos últimos 12 meses, a indústria cresceu 1,8%.
Já no acumulado do ano, o setor recuou 4,5% frente ao mesmo indicador de 2021, influenciado pela queda de todas as grandes categorias econômicas entre as quatro analisadas.
Por outro lado, entre as quatro atividades que expandiram, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (5,4%) e produtos alimentícios (2,4%) foram as maiores influências na indústria.
Comparação com março de 2021
Segundo o IBGE, mesmo com o avanço, o setor permanece 2,1% abaixo do patamar pré-pandemia, apresentando a oitava taxa negativa consecutiva no tipo de comparação com o mesmo mês do ano anterior.
Produtos químicos (8,0%) e bebidas (12,0%) foram os que mais registraram expansão, enquanto que produtos de borracha e de material plástico (-14,5%), produtos de metal (-15,9%) e máquinas, e aparelhos e materiais elétricos (-20,8%) registraram as maiores influências negativas.
A indústria do Brasil e no mundo sofre com os preços dos insumos e matérias primas, fenômeno que começou na pandemia e foi agravado pela guerra da Ucrânia, além dos recentes lockdowns na China.
O cenário de inflação mundial com perspectivas de aumento de juros por aqui e nos EUA também desestimulam o setor.
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