As commodities se aproximam de um recorde de preços com muita coisa para os investidores monitorarem. Os próximos dias trazem uma cúpula da UE, encotro da Opep+ e o mais recente parecer da ONU sobre a crise alimentar global.
As medidas da China para reiniciar sua economia enfraquecida deram impulso aos preços na segunda-feira (30), em meio aos sinais de que os surtos de vírus podem ter sido controlados. O barril de Brent ultrapassou US$ 120 e os preços dos metais saltaram.
Líderes da União Europeia se reúnem para uma cúpula de dois dias com enormes desafios, incluindo dificuldades em acordar um embargo do petróleo russo. Nos EUA, a temporada de viagens de verão começou e deve testar o mercado apertado de gasolina.
O indicador de preços das commodities da Bloomberg pode facilmente atingir um novo recorde histórico, tendo fechado sexta-feira a 1% do recorde estabelecido em abril. Isso reflete o profundo impacto da invasão russa na Ucrânia.
Petróleo
O petróleo avança à medida que os motoristas nos EUA ganham as estradas, com estoques de gasolina em mínima de oito anos. A escassez de oferta global de petróleo mantém os preços altos, mesmo com os temores sobre a destruição da demanda. A Agência Internacional de Energia insta os produtores de petróleo a agir para evitar uma recessão global.
Se eles atenderão a esse chamado ou não, ficará claro na quinta-feira com a reunião mensal da Opep+. A Arábia Saudita e seus parceiros têm ignorado apelos para um aumento mais rápido da produção, mesmo quando as exportações russas vacilam. Mas com o presidente americano Joe Biden cogitando visitar o reino, há uma chance de Riad mudar de rumo.
Alimentos
A crise alimentar global pode piorar ainda mais. O destino das exportações de grãos e fertilizantes da Ucrânia está na balança após o presidente russo Vladimir Putin exigir alívio de sanções em troca de qualquer ajuda.
Por outro lado, as preocupações de que a Índia possa recorrer à contenção de exportações de arroz diminuiu com a chegada cedo da estação das monções. A soja se aproxima de uma alta histórica. Uma visão geral da crise virá com o último indicador de custos globais de alimentos da ONU na sexta-feira.
China
O cobre subiu após o que pareceram ser passos mais decisivos para o fim da turbulência do vírus na China. Além de uma flexibilização das restrições em Xangai, autoridades de Pequim disseram que o surto agora está sob controle.
Mesmo assim, muitos danos foram causados à demanda e ao sentimento, e os investidores acompanharão como a China continua equilibrando sua política de “Covid Zero” com uma recuperação econômica sustentada. Uma pesquisa sobre perspectivas do cobre semana passada mostrou pouco otimismo.
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