Com 73 operações, a temporada de IPOs entre 2020 e 2021 na B3 foi a segunda mais movimentada desde os anos de 2006 e 2007 – período este favorecido pela economia global que empurrou uma centena de empresas para o mercado de capitais.
Apesar de no primeiro semestre deste ano não ter sido feito nenhum IPO na bolsa brasileira, os dois anos anteriores foram favorecidos pelos juros baixos e a expectativa de recuperação econômica pós pandemia. Agora o atual cenário é o oposto, uma vez que os juros já ultrapassam os 13% ao ano e o crescimento econômico de 4,6% do PIB de 2021 não foi suficiente para manter o ânimo de novas ofertas de ações na B3.
Analisando então a última safra de estreias em bolsa, os investidores que apostaram nelas estão perdendo dinheiro, uma vez que dos 73 IPOs realizados em 2020/2021, 57 estão com preço abaixo do valor definido na oferta inicial, segundo a TC/Economatica.
Segundo o analista João Abdouni, da Inv, o investidor assume um risco maior ao investir em uma empresa que está começando na bolsa, já que não há um histórico de valorização dos papeis para ser analisado. “A minoria dos papeis vende e a maior parte fica abaixo do preço da oferta”, disse.
Assista neste Cafeína quais empresas e setores com novas listagens na bolsa brasileira seguem com desempenho positivo e negativo.
Veja também
- 200 x 0: seca de IPOs no Brasil leva empresas brasileiras a olhar bolsas americanas
- Em trimestre ‘bilionário’, Votorantim Cimentos acelera investimentos e rechaça IPO em NY
- Votorantim avalia IPO de unidade na América do Norte, dizem fontes
- Retomada de IPOs brasileiros vai começar pelos Estados Unidos, diz Morgan Stanley
- Moove busca captar até US$ 437 milhões em IPO nos Estados Unidos