Netflix cobrará ‘extra’ de usuários na América Latina que usarem conta em mais de uma casa
A Netflix (NFLX34) anunciou nesta segunda-feira (18) que vai cobrar um adicional de usuários em cinco países latino-americanos que acessarem suas contas em mais de uma residência, segundo comunicado divulgado pela companhia de streaming.
Os clientes da empresa na Argentina, República Dominicana, Honduras, El Salvador e Guatemala que quiserem utilizar o serviço em mais de uma casa terão que pagar um adicional entre US$ 1,70 e US$ 2,99, a depender do país. O serviço poderá ser utilizado em uma a três casas adicionais diferentes dependendo do tipo de assinatura.
Segundo a empresa, acesso durante viagens via tablet, notebook ou celular será possível.
“Estamos explorando com cuidado diferentes maneiras para que as pessoas que querem compartilhar suas contas paguem um pouco mais”, afirmou a Netflix em comunicado.
Em março deste ano, a empresa lançou um recurso de adição de membro da assinatura no Chile, Costa Rica e Peru. “A partir do próximo mês vamos lançar uma alternativa de adição de residência na Argentina, República Dominicana, El Salvador, Guatemala e Honduras”, afirmou a empresa.
Procurada no Brasil, a Netflix afirmou apenas que “o Brasil não está incluído entre os países em que a regra (de moradia extra) será adotada” e remeteu ao comunicado da matriz nos Estados Unidos.
Segundo a empresa de análise do mercado de mídia digital Similarweb, a Netflix perdeu quase 25% de seu tráfego de streaming para outras plataformas de conteúdo nos últimos três anos.
O ritmo de cancelamentos da Netflix continuou a subir desde que perdeu clientes pela primeira vez há uma década. Em abril, foram mais de 1,7 milhão de assinaturas canceladas, de acordo com a plataforma.
Entretanto, o ritmo de perda de assinantes recuou no restante do segundo trimestre, com 1,6 milhão de cancelamentos em maio e 1,3 milhão em junho, segundo a Similarweb, algo que pode estar relacionado ao lançamento da quarta temporada de “Stranger Things” em maio.
A Netflix deve divulgar resultado do segundo trimestre na terça-feira. A empresa afirmou a investidores que poderia apurar uma perda de 2 milhões de assinantes no período.
Snapchat lança versão paga para web
A Snap anunciou nesta segunda-feira lançamento de uma versão web de seu aplicativo de mensagens Snapchat, permitindo que os usuários conversem, tirem fotos e façam chamadas de vídeo a partir de seus computadores.
A empresa disse que o recurso será exclusivo para assinantes do Snapchat+ a partir de 18 de julho e começará com assinantes nos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.
A versão web do aplicativo incluirá reações e respostas de bate-papo, além do recurso Lenses, que serão lançados em breve, acrescentou a empresa.
A Snap lançou no mês passado o Snapchat+, uma versão paga do aplicativo Snapchat, nos Estados Unidos, ao preço de US$ 3,99 por mês, em um grande passo longe de um modelo de receita dependente principalmente de publicidade.
As empresas de mídia social estão sob pressão, com cortes dos orçamentos de anúncios em resposta ao aumento dos custos e queda da renda dos usuários. A Snap disse em maio que não alcançaria metas de receita e lucro do segundo trimestre e teria que desacelerar contratações e reduzir os gastos.
As ações da empresa acumulam queda de quase 71% este ano.
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