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Negócios

Estudo mostra 10 tendências de consumo para 2020

Relatório da Euromonitor International aponta como a mudança de valores dos consumidores está forçando as empresas a mudarem seus modelos de negócios.

O consumidor está em busca de mais conveniência e controle pessoal quando se trata de adquirir produtos e serviços em 2020, mostra um relatório da Euromonitor International. O estudo identifica as tendências que devem ganhar força no mundo do consumo este ano. 

O objetivo é mapear valores da sociedade que estão em transformação e que, por tabela, impactam as relações de consumo e começam a forçar as empresas a mudar suas estratégias.

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Entre as tendências para 2020, aparecem comportamentos que valorizam o bem-estar mental e o consumo de conteúdos mais personalizados. O consumidor também tem dado preferência para produtos que valorizem sua identidade cultural.

Segundo o estudo, alguns desejos de consumo acabam esbarrando em conflitos de interesse. Por exemplo, o consumidor de hoje busca obter cada vez mais vantagens com a tecnologia em sua vida cotidiana, mas nem sempre está disposto a fornecer seus dados pessoais em troca destes benefícios.

Par superar este dilema, ele precisará aprender a negociar sua privacidade. “As marcas devem encontrar o equilíbrio certo entre estabelecer confiança, fornecer segurança e proporcionar produtos e serviços que agregam valor para ter mais peso do que as preocupações do consumidor neste ano”, diz a Euromonitor.

Veja abaixo 10 tendências de consumo para 2020 segundo a Euromonitor:

1 – Robôs no lugar de humanos

A inteligência artificial (AI) começa a entrar na vida cotidiana das pessoas, mesmo que o acesso universal a esta tecnologia ainda esteja distante. Segundo o relatório, as pessoas estão começando a aceitar que os robôs podem substituir certas tarefas feitas por humanos, visando o próprio bem-estar e conforto.

Exemplos:

  • Assistentes virtuais dentro de casa (Alexa, da Amazon)
  • Robôs que indicam opções de investimento

2 – Transporte flexível e personalizado 

Flexibilidade é a palavra de ordem quando se trata de locomoção em cidades que não colocam mais o carro em primeiro plano. O estudo aponta que o consumidor quer liberdade total para planejar sua jornada e escolher qual meio de transporte usar, seja trem, táxi, bicicleta ou patinete. “Os consumidores querem que o seu transporte pelas cidades seja modular e personalizado de acordo com suas necessidades individuais”, diz o estudo.

Exemplos:

  • Serviços de compartilhamento de carros 100% elétricos.
  • Assinatura mensal de serviços de transporte.

3 – Mais conteúdo em menos tempo 

Em tempos de excesso de informações, o consumidor quer ser conquistado em poucos segundos. Os produtos e serviços precisam ser acessíveis e fáceis de usar, diante da quantidade de estímulos que competem com eles. O consumidor quer sempre “canais personalizados, autênticos e cativantes”, diz o relatório. 

Exemplos:

  • Flash sales (promoções rápidas) de produtos que duram menos tempo ou têm quantidades limitadas.
  • Venda de produtos dentro do Sories do Instagram nos EUA.

4 – Trocando experiências por dados

Marcas que customizam seus produtos e serviços para o perfil do cliente saem na frente. Mas, para isso, o consumidor precisa ceder suas informações pessoais para otimizar sua experiência. “Embora algumas marcas estejam ampliando os limites dos tipos de informações que coletam, outras estão tentando definir novos padrões e atrair os consumidores que preferem ficar fora do radar”, diz o estudo. 

Exemplo:

  • Óculos de sol que protegem contra o reconhecimento facial.
  • Restaurante de sushi que coleta o material genético dos clientes e cria pratos personalizados com impressoras 3D.

5 – Sair de casa, para quê?

Pela primeira vez, os consumidores não precisam mais sair de suas casas para ter acesso a produtos e serviços. A internet de alta velocidade possibilitou essa nova realidade com a chegada de serviços de entrega de comida e supermercados, por exemplo. As casas multifuncionais que permitem trabalhar, comprar, se exercitar e fazer outras atividades no conforto dos lares.

Exemplos:

  • Serviços de manicure, beleza e serviços domésticos em casa.
  • Espelho interativo que funciona como um estúdio fitness.

6 – Serviços inclusivos

Parece um caminho sem volta: as empresas estão colocando a acessibilidade no centro do desenvolvimento de novos produtos. O relatório destaca que as empresas estão reformulando seus produtos e serviços para serem mais acessíveis, entrando no combate ao preconceito relacionado à diversidade e diferenças. Segundo a Euromonitor, “as marcas estão respondendo a uma pressão social que exige mudanças”. 

Exemplos:

  • Emojis que incluem pessoas com deficiência (Apple).
  • Instrumentos de maquiagem para pacientes com câncer.

7 – Identidade cultural

O consumidor de 2020 está preocupado em preservar sua individualidade e suas raízes locais. De olho nisso, as multinacionais se sofisticam para moldar seus produtos aos gostos e preferências locais, sem perder a identidade central da marca. As marcas de nicho também desempenham um papel importante nesta direção.

Exemplo:

  • Roupas com tecidos e materiais de comunidades locais.
  • Indústria do cinema que apoia produção regionais, como na Nigéria.

8 – Sustentabilidade real

Não é de hoje que se pensa em novos modelos de negócios que visam oferecer mais utilizando menos por meio de compartilhamento, reutilização, reposição e aluguel. Mas essa tendência continua em alta. Modelos que evitam a geração de resíduos e apostam em produtos mais duradouros ganham destaque.

Exemplos:

  • Embalagens recicláveis de papel para substituir materiais tradicionais (Kit Kat no Japão).
  • Loja de sucos que usa cascas de laranja para fazer copos.

9 – Bem-estar e meio-ambiente

A preocupação cada vez maior com o bem-estar pessoal e com o meio-ambiente está colocando a qualidade do ar sob os holofotes. “A pressão cada vez maior sobre os governos para evitar o aumento das temperaturas está se manifestando no ativismo do consumidor”, destaca o estudo. Neste contexto, as marcas estão se posicionando para impactar os consumidores conscientes quanto ao meio-ambiente.

Exemplo:

  • Cosméticos que protegem a pele da poluição.
  • Dispositivos móveis que medem a qualidade do ar.

10 – Cuidado com a saúde mental

O relatório aponta que um entre quatro adultos do mundo desenvolvido sofre de ansiedade, mas menos da metade recebe tratamento. “Os consumidores estão procurando produtos baseados em resultados para lidar com necessidades específicas de bem-estar mental e para evitar os efeitos psicológicos do estresse, preocupações e falta de sono”

Exemplos:

  • Perfume que altera o estado emocional do usuário.
  • Água com gás com ingredientes que aliviam o estresse.

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