A soja é o produto mais exportado pelo Brasil, maior produtor mundial do grão desde 2021. De janeiro a maio deste ano, as vendas totalizaram US$ 24,1 bilhões, o equivalente a 18% de participação nas exportações brasileiras no período, segundo dados dos Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Utilizada, por exemplo, para produção de óleos combustíveis e no uso alimentício, a soja é hoje um dos produtos que mais movimentam a economia brasileira.
Segundo dados de 2021 do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o Brasil atingiu o posto de maior produtor mundial do grão, com uma produção de 135,409 milhões de toneladas, em 38,502 milhões de hectares de área plantada.
Na sequência dos produtos mais exportados pelo Brasil em 2022 até maio estão óleos brutos de petróleo, minério de ferro e óleos combustíveis de petróleo, totalizando US$ 15,5 bilhões, US$ 11,8 bilhões e US$ 4,9 bilhões, respectivamente. Os 10 produtos mais exportados pelo Brasil são commodities.
Confira a seguir este especial sobre as exportações do Brasil que faz parte da série de Infográficos do InvestNews.
Principais destinos das exportações brasileiras
Quando observados os principais destinos dos produtos que foram exportados pelo Brasil de janeiro a maio deste ano, a China lidera o ranking de 10 países compradores, com um total de US$ 37,7 bilhões, uma participação de 28,7% dos embarques brasileiros para o exterior.
Já no segundo lugar estão os Estados Unidos, com US$ 13,6 bilhões, o equivalente a 10,4% de participação.
Exportações por estados
De janeiro a maio de 2022, São Paulo foi o estado que mais exportou no Brasil, totalizando US$ 25,6 bilhões, segundo o MDIC. Os produtos mais embarcados foram açúcares e melaço.
Na sequência, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Mato Grosso aparecem como os estados que mais fizeram exportações no período, tendo minério de ferro, óleo brutos de petróleo e soja, respectivamente, como os produtos mais exportados por cada.
Exportações por ano
No ano de 2022 até o mês de maio, o Brasil exportou US$ 131,3 bilhões, segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Já em 2021 como um todo, o total de embarques somou US$ 280,8 bilhões, o maior dos últimos anos.
O aumento do preço de várias mercadorias importadas e as medidas de lockdown na China afetaram a balança comercial brasileira em maio. Naquele mês, o Brasil exportou US$ 4,943 bilhões a mais do que importou. É o superávit mais baixo para maio desde 2019, quando o resultado ficou positivo em US$ 4,369 bilhões.
Até maio de 2022, a balança comercial brasileira acumulava superávit de US$ 25,128 bilhões, o equivalente a 6,4% a menos que o registrado no mesmo período de 2021, US$ 8,087 bilhões. O resultado é o mais baixo de janeiro a maio desde 2018, quando, na época, o superávit acumulado tinha ficado US$ 20,005 bilhões.
Em maio, o total de vendas do Brasil para o exterior foi de US$ 29,648 bilhões, já as compras somaram US$ 24,704 bilhões. As importações e exportações bateram recordes para meses de maio desde o início da série histórica, em 1989.
Por outro lado, as importações tiveram maior crescimento que as exportações. No quinto mês do ano, o valor das vendas que foram realizadas para o exterior cresceu 8% em relação a maio de 2021, e o valor das importações registou alta de 33,5% na mesma comparação.
O cenário foi favorecido pela valorização das commodities, porém, houve uma alta no valor das importações, já que os preços de mercadorias compradas pelo Brasil subiu.