Muito se ouve falar sobre paraísos fiscais. Geralmente nos noticiários, já que a fama que precede não é boa. As regras rígidas de sigilo bancário são relacionadas por vezes à lavagem de dinheiro e a crimes financeiros. No entanto, será que é mesmo ilegal manter dinheiro em um país tido como refúgio fiscal?
Paraísos fiscais são países ou territórios que oferecem taxas mínimas de impostos ou até inexistentes para empresas e cidadãos estrangeiros. Além disso nessas regiões, estrangeiros encontram pouca burocracia para fazer depósitos e movimentações financeiras, abrir conta ou registrar uma empresa. Além disso, nos “paraísos”, o sigilo bancário é rígido. Não tem divulgação das informações sobre seus clientes em seus países de origem até mesmo para fins judiciais.
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O Brasil considera paraíso fiscal para fins tributários o país que tributa a uma taxa de menos de 20% ou que não tenha regras de transparência a respeito de titularidade ou composição societária de empresas. No entanto, os países são soberanos para decidir suas taxas de impostos.
Empresas e países investem dinheiro em paraísos fiscais com o objetivo de ter vantagem tributária. Por isso, os paraísos fiscais são muito procurados por empresas estrangeiras.
Quanto a relação com pessoas físicas, o mecanismo funciona de maneira semelhante ao das empresas: elas depositam seu patrimônio nos paraísos para que tenham acesso a uma tributação mínima ou até mesmo nula. No entanto, não é ilegal manter uma conta em um paraíso fiscal. O que acontece é que é preciso relacionar os possíveis ganhos na declaração anual de imposto de renda, pois a Receita Federal considera que a não declaração é uma evasão fiscal. Isso em se tratando do entendimento tributário no Brasil.
Veja neste Cafeína como funcionam os paraísos fiscais, o que é uma empresa offshore e os países considerados refúgio para grandes patrimônios.
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