O Grupo Itapemirim teve nesta quarta-feira (21) falência decretada pela 1° Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
A decisão, assinada pelo juiz João de Oliveira Rodrigues Filho, vem após o pedido de falência do grupo pela administradora judicial EXM Partners.
Rodrigues menciona dívidas de R$ 106,2 milhões do grupo, com base em dados de maio de 2022, enquanto o passivo tributário inadimplido era de R$ 2,39 bilhões até outubro de 2021. Também são citadas obrigações trabalhistas, entre outras, na decisão.
O Grupo Itapemirim pediu recuperação judicial em março de 2016 e viu a situação piorar ao longo dos anos, em derrocada que teve seu auge público com a suspensão das operações da companhia aérea Ita no final do ano passado.
Na sentença, o juiz mencionou que o gestor judicial citou situação de “terra arrasada deixada pela antiga gestão sob o comando do senhor Sidnei Piva de Jesus e sua equipe, bem como vêm encontrando dificuldades na obtenção de todas as informações pertinentes ao bom andamento da empresa e, sobretudo, da recuperação judicial”.
Além disso, a nova gestão viu sucateamento da frota da companhia. Segundo mencionado na sentença, até o final de junho a empresa tinha 19 ônibus com documentação pendente, “110 com diversos problemas de manutenção estacionados em várias garagens do Brasil, 62 ônibus em condições deploráveis, sem qualquer condição de uso ou com custo inviável para serem restaurados”.
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