Uma medida do risco país do Brasil fechou em forte queda na segunda-feira (03), primeira sessão depois do primeiro turno das eleições presidenciais, com ampla percepção de redução de riscos fiscais na esteira de resultado mais apertado do que o esperado na primeira rodada das eleições presidenciais.
O custo de proteção contra calote da dívida soberana brasileira mensurado pelo Credit Default Swaps (CDS) de cinco anos fechou a segunda-feira em 283,37 pontos-base, 22,72 pontos abaixo do fechamento de sexta-feira (30) passada, de 306,09 pontos.
A segunda foi marcada por ótimo humor nos mercados financeiros locais, depois que a performance melhor do que o esperado do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno levantou a possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o mais votado no domingo, moderar seu discurso e buscar alianças mais ao centro.
Mais do que isso, investidores também comemoraram a formação de um Congresso bastante inclinado à direita, com a visão de que isso poderia forçar o próximo governo a seguir uma agenda fiscal mais conservadora.
Depois de disparar a 325,48 pontos-base no pico do ano, atingido em meados de julho diante de cenário externo adverso e temores fiscais domésticos, o risco-país mostrou alívio a partir do fim daquele mesmo mês e chegou a rondar os 232 pontos-base na primeira quinzena de setembro.
No entanto, temores globais de recessão voltaram a impulsionar o prêmio de risco do Brasil no final do mês passado, quando o CDS de cinco anos voltou a ser negociado acima de 300 pontos-base.
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