Os mercados na Ásia têm um dia positivo com rumores não confirmados de que as medidas restritivas na China contra a covid podem ser relaxadas a partir de março. Isso ajudou os índices de Hang Seng e Shanghai fecharem o dia com altas de 5,23% e 2,62% respectivamente. Já no índice acionário japonês, a alta foi puxada pelos balanços da temporada fazendo o Nikkei subir 0,33% e o sul-coreano KOSPI subiu 1,81%.
Na Europa as bolsas se descolam do desempenho dos índices dos EUA de ontem (31) e sobem na véspera da decisão de juros pelo Fed. O índice alemão DAX subia 1,27%, o FTSE tinha ganhos de 1,38% no começo do dia, o CAC registrava alta de 1,58% e o Euro Stoxx avançava 1,46%.
Pré-mercados nos EUA
Os principais índices dos EUA têm ganhos no mercado futuro com a alta de 1,16% no índice Nasdaq, ganhos de 0,96% no S&P e avanço de 0,61% no Dow Jones. A treasury de 10 anos tinha queda dos 4,058% da abertura para 3,949% durante o começo da manhã.
Uma parte do mercado espera que o anúncio da elevação de juros nos EUA de 2,25% para 0,75% venha sem surpresas mas que o Fed dê sinais de uma desaceleração do ritmo de alta. O problema é que os índices de inflação e seus núcleos continuam pressionados e os mercados de trabalho e imobiliário continuam a dar sinais mistos sobre as condições da economia com juros mais altos.
Entre os indicadores do país para acompanhar hoje, às 11:00 serão divulgados os números das ofertas de empregos JOLTs, que mostra as vagas em aberto em vários setores como de comércio e indústria nos EUA. A expectativa de mercado é que as vagas tenham uma leve desaceleração de 10,053 milhões registradas em agosto para 10 milhões em setembro.
Balanços e ata do Banco Central
Dando continuidade no calendário de balanços, hoje Copasa, Grupo SBF e Vulcabras divulgam seus números após o encerramento do pregão.
E a ata da última reunião do Copom foi divulgada hoje (01) com a preocupação do BC em relação ao cenário fiscal do Brasil. O aumento de gastos de forma permanente e as maiores incertezas em relação a 2023 podem elevar os prêmios de riscos, ou seja, as taxas exigidas pelos investidores e aumentar a pressão na curva de juros, além de piorar as expectativas de inflação. Apesar disso, o comitê do BC decidiu manter a taxa de juros em 13,75%, resultado já esperado pela grande maioria do mercado.
Veja também
- O que Trump e Lula têm em comum: a queda de braço com o Banco Central
- Presidente do Fed diz que Trump não afeta juros no curto prazo, nem a duração de seu mandato
- Sem surpresas, Fed corta juros em 0,25 p.p. e destaca e crescimento econômico sólido
- Empresas dos EUA voltam ao mercado de dívida após Fed cortar juros
- Fed terá de superar eleições americanas e “efeito Orloff” antes de comemorar vitória sobre inflação