Na segunda-feira (13) os índices norte-americanos tiveram mais um dia de ganhos com altas de 1,11% do Dow Jones, 1,14% no S&P 500 e 1,48% no Nasdaq com investidores avaliando as expectativas para o Índice de Preços ao Consumidor que será divulgado hoje. E o clima de menor aversão ao risco também ajudou o Ibovespa que encerrou o dia com uma alta de 0,87% aos 108.836,47 pontos.
Mercados hoje
- Ásia: Puxados pelo fluxo positivo nas bolsas na segunda-feira e pelas expectativas da inflação dos EUA, a maioria dos índices asiáticos continuam em alta mesmo com a divulgação do crescimento de 0,2% do PIB japonês no 4T22, abaixo das expectativas de 0,5% mercado. As altas nos índices eram de 0,64% no Nikkei, 0,28% em Shanghai, 0,71% no Taiex e 0,50% do Kospi, enquanto o índice Hang Seng registra queda de 0,24% com investidores receosos com as tensões entre China e EUA.
- Europa: Dados econômicos mostram uma estabilidade na taxa de desemprego do Reino Unido em 3,7% em dezembro e um crescimento de 0,1% no PIB da zona do Euro no 4T22. Sem grandes surpresas com os dados em linha com as projeções de mercado, os índices europeus também continuam os ganhos de 0,34% no DAX, 0,45% no FTSE, 0,45% no CAC, 0,57% no IBEX e 0,36% no Euro Stoxx.
- EUA: Os investidores hoje acompanham a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor dos EUA, o CPI, referente ao mês de janeiro. As projeções de mercado indicam uma alta mensal esperada de 0,5% que desaceleraria a alta em 12 meses de 6,4% para 6,2% enquanto a expectativa para o núcleo do índice, que exclui itens voláteis, é de uma alta mensal de 0,4% desacelerando o acumulado em 12 meses de 5,7% para 5,5%. Os pré-mercados estendem os ganhos de ontem com as altas de 0,69% do Nasdaq, 0,24% do S&P 500 e 0,13% do Dow Jones, enquanto as taxas das treasuries com vencimentos a partir de 2 anos registram quedas.
- Commodities: O barril do Petróleo WTI cai 1,77% aos US$ 78,72 e o Brent tem queda de 1,32% aos US$ 85,47 após o governo dos EUA comunicar que vai liberar 26 milhões de barris de Petróleo da sua Reserva Estratégica como forma de controlar a volatilidade do preço do barril após a Rússia anunciar um corte na produção como resposta à sanções do ocidente ao país.
Roberto Campos Neto reforça posição do Banco Central e lucro do BB surpreende
Mesmo com o apoio do Diretório Nacional do PT para convocar Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, para esclarecimento no Congresso sobre as decisões de política monetária, a entrevista de Campos Neto ao programa RodaViva na noite de ontem (13) trouxe vários esclarecimentos aos investidores.
Como um dos assuntos mais aguardados, a discussão sobre o aumento das metas de inflação foi abordada. De acordo com o presidente do BC, não houve estudo sobre a mudança das metas, mas que existe espaço para aprimoramentos por conta do cenário inflacionário estruturalmente diferente não só no Brasil mas como em outros países do mundo.
Além de negar a interferência do governo anterior e do atual nas decisões de política monetária, demonstrar estar aberto à discussões sobre o papel do Banco Central e reforçar a importância da ancoragem das expectativas de mercado, Campos Neto também evidenciou a importância de trabalhar junto com o governo atual.
E no campo corporativo, o Banco do Brasil reportou seus números do 4T22 com aumento de 52% no lucro líquido ajustado (R$ 9 bilhões) na comparação com 4T21. O lucro contábil teve alta de 61,2% para R$ 8,62 bilhões na comparação com 3T22 e mesmo com números recordes, o banco informou que seu resultado foi impactado por uma “contabilização de evento subsequente que gerou a constituição de provisão para empresa do segmento large corporate que entrou com pedido de recuperação judicial em janeiro de 2023“, sem mencionar especificamente a rede Lojas Americanas.
O BB mencionou que a análise sobre o caso “ensejou provisionamento de R$ 788 milhões, correspondente a 50% da exposição ao ativo”. A Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosos (PCLD) ampliada subiu 72,4%, ante o quarto trimestre de 2021.
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