Em fato relevante na noite desta quarta-feira (19), a administradora do fundo imobiliário TRX Real Estate (TRXF11) anunciou que vai realizar a sua oitava emissão de cotas. O montante total da oferta é de até R$ 65 milhões, com montante mínimo de 9.826 cotas e máxima de 638.632 cotas. O montante total pode ser aumentado em razão da emissão das cotas adicionais. Os papéis estão precificados em R$ 101,78.
A nova emissão é destinada exclusivamente a investidores profissionais. No entanto, segundo as regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), os cotistas posicionados no TRXF11 (até o dia 25 de abril) terão preferência na aquisição e vão poder exercê-la entre 28 de abril e 11 de maio de 2023. A oferta restrita terá início no dia 30 de maio.
A partir de 16 de maio de 2023, caso existam cotas remanescentes da 8ª emissão, será conferido a cada cotista que exercer seu direito de preferência o direito de subscrição de sobras.
Onde será usado o capital levantado?
Segundo o documento, os recursos a serem captados na oferta serão destinados ao pagamento das parcelas do preço e despesas de desenvolvimento de novas lojas para a Obramax e Leroy Merlin, empreendimentos mencionados nos fatos relevantes publicados pelo fundo em 26 de maio e 20 de dezembro de 2022.
Em caso de captação dos recursos do lote adicional, o montante levantado será igualmente destinado ao pagamento de obrigações assumidas pelo fundo com a aquisição de ativos imobiliários. O documento prevê a possibilidade de incremento de até 100% da quantidade de cotas emitidas, caso haja demanda do mercado.
Sobre o TRXF11
O fundo imobiliário “híbrido” tem 51 imóveis em 13 estados, localizados em grandes centros urbanos e alugados para empresas como Assaí, Pão de Açúcar, Extra, Carrefour, por meio de contratos de longo prazo. Neste ano, o TRXF11 alcançou a marca de R$ 1,2 bilhão investidos.
O valor médio de locação por metro quadrado é de R$ 20,81 por imóveis logísticos e R$ 29,01 para imóveis de varejo.
Listado na bolsa desde janeiro de 2020, o TRXF11 atingiu 89 mil cotistas em março. No ano, as cotas registram leve queda de 0,10%, e em 12 meses, alta de 5,18%.
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