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Economia

G7 intensifica sanções à Rússia e busca reduzir dependência da China

Líderes das democracias mais ricas do mundo se reuniram nesta sexta (19) no Japão.

Líderes do G7 durante reunião de cúpula em Hiroshima, no Japão 19/05/2023 FRANCK ROBICHON/Pool via REUTERS

Líderes das democracias mais ricas do mundo concordaram nesta sexta-feira (19) em endurecer as sanções contra a Rússia, enquanto um rascunho de comunicado a ser divulgado após suas conversas na cidade japonesa de Hiroshima enfatizou a necessidade de reduzir a dependência do comércio com a China.

Os líderes do Grupo dos Sete (G7), que se juntarão neste fim de semana ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, prometeram restringir quaisquer exportações para a Rússia que possam ajudá-la em sua guerra de 15 meses contra a Ucrânia.

“Isso inclui exportações de maquinário industrial, ferramentas e outras tecnologias que a Rússia usa para reconstruir sua máquina de guerra”, disseram eles em um comunicado conjunto, acrescentando que os esforços continuarão a restringir as receitas russas de seu comércio de metais e diamantes.

Sobre a China, que as potências do G7 veem cada vez mais como uma ameaça à segurança econômica, eles devem concordar que seu status de segunda maior economia do mundo significa que não há alternativa a não ser buscar cooperação, disse um rascunho inicial do comunicado final visto pela Reuters.

“Nossas abordagens políticas não são projetadas para prejudicar a China, não procuramos impedir o progresso e o desenvolvimento econômico da China”, disse o documento, que ainda está sujeito a mudanças.

O esboço, no entanto, pediu medidas para “reduzir dependências excessivas” em cadeias de suprimentos críticas e combater “práticas malignas” na transferência de tecnologia e divulgação de dados.

O documento também reafirmou a necessidade de paz e estabilidade no Estreito de Taiwan e também pediu a China que pressione a Rússia a interromper sua agressão militar à Ucrânia.

Os membros do G7 — Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Canadá e Itália — também devem debater estratégias sobre o conflito na Ucrânia, que não dá sinais de abrandamento.

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, que representa Hiroshima na câmara baixa do Parlamento do Japão, disse que escolheu a cidade para a cúpula para concentrar a atenção no controle de armas.

Hiroshima e outra cidade japonesa, Nagasaki, foram destruídas por ataques nucleares dos EUA há 78 anos que encerraram a Segunda Guerra Mundial.

Tendo emergido como os países mais ricos do mundo após a Segunda Guerra Mundial, as democracias do G7 tornaram-se cada vez mais desafiadas por uma China ascendente e uma Rússia imprevisível.

Em meio a evidências de que as sanções existentes estavam sendo enfraquecidas pela evasão, eles disseram que o grupo estava “se envolvendo” com países através dos quais qualquer produto, serviço ou tecnologia restrito do G7 poderia transitar para a Rússia.

“Notamos e encorajamos os compromissos assumidos por esses países para garantir que nossas medidas não sejam contornadas e tenham o efeito pretendido”, disseram, sem citar nenhum território.

Análise dos dados do comércio alemão mostra que suas exportações para países que fazem fronteira com a Rússia aumentaram acentuadamente, alimentando preocupações sobre a reexportação de mercadorias a partir desses países vizinhos.

O G7 reafirmou sua condenação ao que chamou de agressão da Rússia e prometeu mais apoio à Ucrânia, em termos militares e ajuda financeira para sua economia abalada pela guerra.

Zelenskiy comparecerá à cúpula no domingo, disseram duas autoridades envolvidas no evento, recusando-se a ser identificadas devido à sensibilidade do assunto.

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