O CEO da gestora BlackRock, Larry Fink, disse que a inflação persistentemente alta forçará o Federal Reserve (Fed, banco central americano) a aumentar as taxas de juros mais duas a quatro vezes.
“O Fed não acabou”, disse Fink nesta quarta-feira (31) durante uma conferência de serviços financeiros organizada pelo Deutsche Bank. “A inflação ainda é muito forte, muito pegajosa.”
Fink, 70, disse que não há garantia de que a economia dos Estados Unidos entrará em recessão, e ela seria modesta – “se é que teremos uma”.
O executivo também disse que espera que a inflação permaneça em 4% a 5% “por algum tempo”, em parte por causa dos efeitos prolongados dos programas de estímulo do governo.
“Simplesmente não vejo evidências em torno de uma redução na inflação”, disse Fink.
A BlackRock, que administrava US$ 9,09 trilhões no final do primeiro trimestre, viu um aumento no dinheiro dos clientes fluindo para fundos de títulos depois que o Fed começou a aumentar as taxas no ano passado.
Enquanto elogiava o acordo bipartidário para suspender o teto da dívida do país, Fink disse que a crise recorrente está “desestabilizando” a forma como os investidores veem os EUA.
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