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Negócios

Dafiti aposta em exclusividade de marcas na briga com gigantes asiáticas

Fábio Fadel, diretor comercial da marca no Brasil, diz que reforma tributária deve desonerar impostos de empresas legalizadas.

Com 12 anos de existência, a Dafiti, uma das líderes do e-commerce de moda do país, busca pioneirismo em seu segmento. Para chegar lá, está apostando na exclusividade de marcas e em produtos de qualidade na concorrência com gigantes asiáticas como Shein, Shopee e Aliexpress.

Em entrevista ao InvestNews, Fábio Fadel, diretor comercial da Dafiti e líder da empresa no Brasil, defende que a Reforma Tributária pode trazer cobranças mais justas de impostos e desonerar a carga tributária das empresas legalizadas, além de uma fiscalização mais assertiva, o que pode aumentar a concorrência.

“A questão tributária, que não vale só para eles [e-commerce asiáticos], ainda há muito mercado informal no Brasil. A gente tem que encarar a questão tributária não focada em empresas específicas, mas no conceito geral. Nós temos muito loja que não paga imposto, muita falsificação, muita importação ilegal que prejudica os negócios legais.”

Dafiti aposta em moda premium como a Mango Crédito: Divulgação

Fadel também ressalta que a empresa busca competitividade por meio de parcerias com marcas renomadas nacionais e internacionais como Mango, Forever 21 e Topshop.

“Se você pegar qualquer outro e-commerce fast fashion asiático, o forte deles não é marca, é o trabalho privado que eles trazem. Tem marcas que só a Dafiti vai oferecer para o mercado brasileiro. A gente também tem coleções. Produções que vão ser produzidos exclusivamente pra serem comercializados na Dafiti

Rôbos separam encomendas no centro de distribuição da Dafiti em Extrema (MG) Crédito: Rafael Roncato

Tecnologia é diferencial

A Dafiti começou como uma startup que recebeu aportes de um fundo de investimentos alemão, passando a fazer parte de uma holding e atuar em quatro países (Argentina, Brasil, Chile e Colômbia). Inicialmente focada no mercado de calçados, a companhia expandiu suas vendas para confecção e moda, virando a maior fashiontech da América Latina.

A empresa diz que o seu diferencial na conquista dos consumidores é o relacionamento com o cliente e usa a tecnologia, com a ajuda de robôs no centro de distribuição em Extrema (MG), para agilizar as entregas e separações de produtos.

“Nós temos o maior e mais moderno centro de distribuição da América Latina, isso significa que toda nossa operação é feita por robôs. A gente garante troca até 30 dias após o recebimento da mercadoria e é muito simples de fazer”

A devolução, que é chamado de logística reversa, pode ser feita diretamente pela empresa com um veículo recolhendo o produto de troca, sem que o comprador saia de casa. Se preferir, o cliente também pode fazer a devolução diretamente pelos Correios.

Produtos da dafiti passam pela esteira em centro de distribuição em MG Crédito: Rafael Roncato

Mercado e-commerce Brasil

Fabio Fadel diz que a bancarização da população brasileira, principalmente pelas fintechs, facilitou o acesso da população como usuários de compras pela internet. Ele acredita que o e-commerce vai melhorar à medida que os juros diminuírem.

“Eu acho que a economia hoje está difícil para o físico e para o digital, tem uma taxa de juros alta, falta de crédito no mercado, temos um consumo em baixa, uma inflação em alta que aumentou os preços e ficou bem acima da renda da população brasileira. Essa conjuntura econômica impacta demais o consumo, e o varejo é um setor que sente muito.”

Fábio fadel
Diretor comercial da Dafiti, Fábio Fadel. Crédito: Larissa Gonçalves

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