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Economia

3 fatos para hoje: balanço Natura; aprovação de Lula; desaceleração chinesa

Natura vê aumento de caixa no final do ano após prejuízo no 2º tri; otimismo com economia leva aprovação de Lula a 60%, diz Genial/Quaest; ações chinesas caem.

1 – Natura vê aumento de caixa no final do ano após prejuízo no 2º tri

A Natura&Co (NTCO3) espera que suas contas melhorem no segundo semestre do ano após um início fraco em 2023, disseram executivos na noite de terça-feira (15), com um aumento de caixa esperado a partir da venda de sua marca Aesop e mudanças estratégicas.

A fabricante de cosméticos registrou um prejuízo líquido de R$ 732 milhões no segundo trimestre, praticamente estável ante o resultado negativo sofrido no mesmo período do ano passado, e a empresa disse que ainda enfrenta “altas despesas financeiras”.

A Natura acrescentou que isso será resolvido após a conclusão da venda de sua marca de luxo australiana Aesop, prevista para o terceiro trimestre, tendo fechado um acordo de 2,53 bilhões de dólares em abril com o grupo francês de cosméticos L’Oréal.

“(O problema da) alavancagem já vai estar resolvido no terceiro trimestre”, disse o diretor financeiro da Natura, Guilherme Castellan, a repórteres na terça-feira (15), acrescentando que a empresa também resolverá seus pagamentos de dívida no quarto trimestre.

A empresa também planeja investir em publicidade e reestruturação de lojas em alguns países como parte da reformulação de suas operações.

Além disso, a Natura pretende expandir seu programa de integração de marcas — reunindo as marcas Natura e Avon sob as mesmas equipes de vendas — para o Brasil nas próximas semanas.

“Todas as demais geografias vão ser implementadas ao longo de 2024”, disse o presidente-executivo da Natura na América Latina, João Paulo Ferreira.

2 – Otimismo com economia leva aprovação de Lula a 60%, diz Genial/Quaest

A aprovação do trabalho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a 60% em agosto, revelou a 4ª rodada de pesquisa da Genial/Quaest nesta quarta-feira (16), e grande parte dos brasileiros — 59% dos entrevistados — estão otimistas em relação à economia do país.

De acordo com o levantamento, a aprovação do trabalho de Lula oscilou dentro da margem de erro de 56% em junho para 60% em agosto. Se comparada a abril, a aprovação do desempenho do presidente registrou uma alta de nove pontos percentuais.

Outros 35% desaprovam o trabalho do petista — eram 40%, em junho — e 5% não respondeu ou não sabia, ante 4% na rodada anterior.

Quando é levantada a avaliação geral ao governo Lula, 42% o consideram positivo, 29% o classificam como regular e 24%, negativo. O percentual dos que não sabem ou não responderam foi de 5%.

Em junho, a avaliação positiva era de 37%, a regular registrava 32% e a negativa batia os 27%. Não sabiam ou não responderam correspondiam a 4% na sondagem anterior.

“A melhora dos indicadores do presidente está relacionada à percepção sobre a economia”, diz comunicado divulgado pelo instituto Quaest, contratado pela corretora Genial Investimentos para realizar a pesquisa.

“Para 34% dos entrevistados, a economia melhorou nos últimos 12 meses. Mais importante: para 59% ela vai continuar melhorando nos próximos 12 meses. Entre os que votaram no ex-presidente Jair Bolsonaro, 35% são otimistas”, acrescentou.

A ampliação da avaliação positiva do presidente alcançou setores que não simpatizavam com o petista.

O presidente ainda lidera com a melhor avaliação entre os nordestinos — o trabalho dele é bem avaliado por 72% dos entrevistados da região –, mas também viu sua aprovação positiva registrar alta significativa na Região Sul, atingindo 59%.

O levantamento aponta ainda que, pela primeira vez, a avaliação positiva de Lula entre os evangélicos supera a negativa, com 50% de aprovação ante 46% de desaprovação.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante café da manhã com correspondentes estrangeiros em Brasília 02/08/2023 REUTERS/Ueslei Marcelino

Economia e Congresso

No quesito economia, tema eleito por 31% como um dos principais problemas do país atualmente, os entrevistados se mostram otimistas. Ainda que 39% tenham avaliado que nos últimos 12 meses não houve mudança na situação econômica, 59% manifestaram a expectativa de que ela melhore no decorrer do próximo ano.

De acordo com a pesquisa 34% avaliam que a economia melhorou nos últimos 12 meses e 23% consideram que houve piora.

Em relação às perspectivas para o futuro, além dos 59% que esperam melhora, 22% avaliam que a economia deve piorar e 16% consideram que ela ficará do mesmo jeito.

Dentre os programas do governo mais bem avaliados está o Plano Safra — com 79% de “gostei”, 10% “não gostei” e 12% que não sabiam ou não responderam –, o Desenrola — 70% positivo, 16% negativo e 15% que não responderam.

A reforma tributária aprovada pela Câmara dos Deputados tem aprovação de 37%, desaprovação de 26%, e 36% de entrevistados que não sabiam ou não responderam.

A Genial/Quaest apurou ainda a percepção da população sobre a relação do Executivo com o Congresso. Para 43%, Lula tem tido mais facilidade em conseguir apoio do Congresso do que seu antecessor, o ex-presidente Jair Bolsonaro. Outros 38% avaliam que o petista tem mais dificuldade e para 7% não há diferença entre as duas gestões na articulação com o Parlamento.

O instituto Quaest entrevistou presencialmente 2.029 pessoas entre os dias 10 e 14 de agosto. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais.

3 – Ações da China ampliam perdas com temores de desaceleração econômica mais acentuada

As ações da China e de Hong Kong caíram nesta quarta-feira pela quarta sessão consecutiva, uma vez que dados econômicos fracos e o aprofundamento da crise no setor imobiliário mantiveram os investidores afastados.

O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, fechou em queda de 0,73%, enquanto o índice de Xangai caiu 0,82%. O índice Hang Seng, de Hong Kong, teve baixa de 1,36%.

Os preços das casas novas na China caíram em julho pela primeira vez este ano, mostraram dados oficiais nesta quarta-feira, já que o suporte fragmentado não conseguiu sustentar o setor imobiliário, que responde por cerca de um quarto da atividade econômica do país.

Dados de terça-feira mostraram que o investimento imobiliário na China caiu em julho pelo 17º mês consecutivo.

Na terça-feira, o Barclays reduziu ainda mais sua previsão de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2023, para 4,5%.

Os temores de contágio estão crescendo esta semana, conforme um importante gestor de patrimônio na China, a Zhongrong International Trust, deixa de fazer dezenas de pagamentos. A empresa tem uma exposição considerável ao setor imobiliário.

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