A Saraiva Saraiva (SLED3), que está em recuperação judicial, informou em fato relevante nesta quinta-feira (21) o encerramento das suas lojas físicas, com a respectiva redução proporcional do quadro de colaboradores.
A ação da Saraiva encerrou o pregão desta quinta-feira em queda de 4,53%, a R$ 3,37. No ano, o papel acumula perda de quase 49%.
No documento, a empresa informou que permanecerá em operação, a partir do dia 25
de setembro de 2023, exclusivamente via e-commerce.
A Saraiva disse ainda que recebeu, no último dia 21 de setembro de 2023, por
questões de foro pessoal, o pedido de renúncia de Marcos Guedes Pereira, membro
do conselho de administração da Saraiva.
Recuperação judicial
A Saraiva entrou em recuperação judicial em 2018 com dívidas que somavam cerca de R$ 674 milhões na época.
Uma das maiores do ramo no Brasil, a empresa surgiu como Saraiva S.A, uma sociedade anônima, em 1947. Mais tarde, em 1972, transformou-se numa companhia aberta.
Naquela época, a empresa vivia uma sequência de inovações voltadas especialmente à área de tecnologia, como o lançamento em 2010, por exemplo, do Saraiva Digital Reader, uma plataforma que permite a venda de Livros Digitais (e-books). No mesmo ano, havia sido inaugurada a primeira loja iTown, uma operação da livraria totalmente dedicada à venda de produtos da Apple.
Atualmente, a empresa enfrenta uma situação financeira delicada. No segundo trimestre de 2023, a Saraiva registrou prejuízo líquido de R$ 17,5 milhões, revertendo o lucro líquido de R$ 20,1 milhões ante um ano antes.
Na mesma base de comparação, a receita líquida caiu 60,6%, para R$ 7,4 milhões.
Já a receita líquida das lojas físicas caiu 60,2%, para R$ 7,2 milhões, e a receita do site Saraiva.com, por sua vez, recuou 78,6%, para R$ 128 mil.