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Finanças

Dólar fecha em queda, com expectativa de que juros não subam mais nos EUA

Já o Ibovespa teve dia de ganhos; cenário externo, no entanto, ainda inspira cautela por guerra em Israel.

O dólar à vista fechou em queda firme pelo terceiro dia consecutivo no Brasil, novamente sob a influência do exterior, onde a moeda norte-americana caía ante boa parte das demais divisas após comentários de dirigentes do Federal Reserve (Fed) elevarem a percepção de que os juros podem não subir mais nos EUA. Já o Ibovespa fechou em alta.

O dólar caiu 1,44%, a R$ 5,0562, e o Ibovespa avançou 1,37%, aos 116.737 pontos.

Recuo do dólar

O dólar recuou praticamente durante todo o dia, dando continuidade a um movimento iniciado na tarde de segunda-feira, após declarações dovish (brandas com a inflação) de autoridades do Fed.

Uma taxa de juros não tão elevada nos EUA significa, em tese, um dólar mais fraco ante as demais divisas – daí o viés de baixa para a moeda norte-americana nesta terça-feira.

Cenário

Autoridades do Federal Reserve indicaram na segunda-feira (9) que o aumento dos rendimentos dos Treasuries de longo prazo, que influenciam diretamente os custos de financiamento para famílias e empresas, poderia desviar o Fed de novos aumentos em sua taxa básica de curto prazo.

Mas, apesar do alívio pontual no apetite por risco, Leonel Mattos, analista de inteligência de mercados da StoneX, alertou que o conflito no Oriente Médio segue sendo um risco grande para a estabilidade global.

“Não se sabe ainda quais serão as repercussões totais desse conflito, mas a gente pode adiantar que o contexto geopolítico do Oriente Médio é muito importante tanto para o sistema global, quanto também para a produção de petróleo… Todo esse contexto de incerteza e desigualdade numa região geopoliticamente importante, traz uma maior aversão aos mercados.”

LEONEL MATTOS, ANALISTA DE INTELIGÊNCIA DE MERCADOS DA STONEX

Já em relação ao Brasil, no mais recente reconhecimento de que o país está surpreendendo positivamente as expectativas de crescimento econômico, o Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou em 1 ponto percentual sua projeção para a expansão da atividade neste ano, com alta também na estimativa para 2024.

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