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Finanças

Ibovespa cai em meio a preocupações fiscais e queda da Petrobras

Investidores atentam-se na semana às decisões sobre o futuro dos juros no Brasil e nos EUA

O Ibovespa , em meio a preocupações com cenário fiscal brasileiro e queda das ações da Petrobras, que ofuscaram o efeito potencialmente positivo do avanço dos pregões em Wall Street, bem como a alta dos papéis da Vale.

O principal índice da bolsa brasileira caiu 0,68%, aos 112.532 pontos; o dólar caiu 0,69%, negociado a preço de venda de R$ 5,0474.

No noticiário corporativo, destaque para Natura&Co, que comunicou nesta segunda-feira que firmou acordo de exclusividade com o Aurelius Investment Advisory Limited para uma potencial venda da The Body Shop (TBS).

Cenário Interno

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao afirmar na semana passada que será difícil atingir a meta de déficit fiscal zero no próximo ano, não está “sabotando o país” mas apenas constatando problemas que precisam ser “reformados e saneados”.

Durante entrevista coletiva em Brasília, Haddad ainda afirmou que já vinha dizendo desde julho que a arrecadação federal vem sofrendo e não vem acompanhando o crescimento acima do esperado do Produto Interno Bruto neste ano. Apesar de dizer que a Fazenda busca equilíbrio fiscal, não quis responder se o governo está comprometido com a meta de déficit zero em 2024.

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista coletiva em Brasília 31/08/2023 REUTERS/Adriano Machado

O ministro apontou que o patamar alto dos juros e a manutenção de gastos tributários exagerados ao longo dos últimos anos são as causas da erosão da base fiscal e que a questão das finanças do país não é discutida há dez anos.

“A leitura do mercado é que a falta de um comprometimento maior por parte do governo com o déficit zero em 2024, via contingenciamento de gastos, pressionará ainda mais por arrecadação”, disse o sócio e gestor de ações da Ace Capital Tiago Cunha.

“A indicação de que o equilíbrio se dará através do aumento da carga tributária, pelo fim de alguns programas de incentivo fiscal, reduz a previsibilidade sobre o ‘timing’ da aprovação das medidas e o impacto direto nos setores que terão aumento na tributação”, acrescentou ele.

A coletiva foi convocada para que o ministro informasse a indicação do professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) Paulo Picchetti e do servidor de carreira Rodrigo Alves Teixeira para ocuparem cargos de diretores do Banco Central a partir de 2024.

A reunião de dois dias do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, que acaba na quarta-feira, também deve concentrar as atenções na semana.

O Copom provavelmente cortará os juros básicos em meio ponto percentual quando se reunir nesta semana, mantendo um ritmo cauteloso de afrouxamento monetário diante do agravamento de riscos externos, previram economistas consultados pela Reuters.

Cenário externo

Com ampla expectativa de que o Federal Reserve (Fed)Às 11:24 (de Brasília), o índice S&P 500 ganhava 0,96%, a 4.156,79 pontos, enquanto o Dow Jones subia 0,79%, a 32.675,20 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite avançava 1,35%, a 12.813,16 pontos. deixe os custos dos empréstimos inalterados, o foco ficará para sinalizações das autoridades em relação aos próximos passos.

“Entendemos que o comitê (de decisão de juros do Fed) optará por adotar uma comunicação aberta, reconhecendo os progressos feitos no mercado de trabalho e também na inflação, mas pontuando que a atividade mais forte seguirá como um risco para o cenário inflacionário à frente, o que poderia demandar ajustes futuros”, disse o BTG Pactual em relatório a clientes.

Wall Street

 Wall Street teve alta acentuada nesta segunda-feira, dando início ao que promete ser uma semana agitada, que inclui uma agenda repleta de balanços corporativos, dados econômicos e a reunião de política monetária de dois dias do Federal Reserve.

De acordo com dados preliminares, o S&P 500 ganhou 1,19%, para 4.166,56 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançou 1,14%, para 12.786,75 pontos. O Dow Jones subiu  1,58%, para 32.927,51 pontos.

Europa

As ações europeias abriram a semana em alta, impulsionadas por queda nos rendimentos dos títulos e com os investidores avaliando dados de inflação, enquanto as ações da Siemens Energy ampliaram sua recuperação devido à continuidade das negociações sobre garantias relacionadas a projetos.

Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,50%, a 7.327,39 pontos.

Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,20%, a 14.716,54 pontos.

Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,44%, a 6.825,07 pontos.

Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,19%, a 27.339,91 pontos.

Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 1,07%, a 9.013,90 pontos.

Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,08%, a 6.218,17 pontos.

Ásia & Oceania

As ações chinesas subiram nesta segunda-feira, ajudadas por novos sinais de medidas de apoio orquestradas pelo governo.

. Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,04%, a 17.406 pontos.

. Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,12%, a 3.021 pontos.

. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,60%, a 3.583 pontos.

. Em TÓQUIO, o índice Nikkei caiu 0,95%, a 30.696,96 pontos.

. Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,34%, a 2.310 pontos.

. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,09%, a 16.149 pontos.

. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,08%, a 3.064 pontos.

. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,79%, a 6.772 pontos.

(*Com informações da Reuters.)

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