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Finanças

Puxado por debêntures, mercado de capitais tem 3ª maior captação do ano

Entre janeiro e outubro, volume acumulado foi de R$ 337,3 bilhões.

O mês de outubro foi marcado pelo terceiro maior volume do ano em captações no mercado de capitais, movimentando R$ 46,1 bilhões em emissões, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

A entidade aponta que a média de emissões do segundo semestre se manteve acima de R$ 40 bilhões, “resultado próximo ao dobro do volume emitido no primeiro semestre, da ordem de R$ 20 bilhões”, segundo relatório.

As debêntures foram as estrelas do mês, com 61,7% das captações (R$ 28,5 bilhões), seguidas pelos Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), com 13,2% (R$ 6,1 bilhões), e fundos imobiliários (FIIs), com 8,1% (R$ 3,7 bilhões).

Entre janeiro e outubro, a captação acumulada foi de R$ 337,3 bilhões ante a R$ 445,9 bilhões para o mesmo período em 2022. Já as debêntures acumularam R$ 170,4 bilhões, volume menor que igual período do ano passado (R$ 226,1 bilhões).

Na renda variável, outubro está à frente apenas dos meses de janeiro e fevereiro, cujas captações foram nulas. Ainda assim, “o volume é o menor observado no ano, de R$ 214 milhões, exclusivamente de follow-ons, diante da ausência de emissões de IPOs desde fevereiro de 2022”, aponta a Anbima. 

Debêntures

A destinação de recursos das debêntures foi dominada por gestão de negócios (38,2%), seguida por infraestrutura (34,8%), quando comparado outubro com o mês anterior.

Ainda assim, o prazo médio das debêntures emitidas neste ano subiu para 8,9 anos, justificado pelo crescimento das emissões de debêntures incentivadas que apresentam prazos superiores às debêntures corporativas.

Apenas entre agosto a outubro, as debêntures incentivadas mais que dobraram as emissões no ano, passando de R$ 22,4 bilhões emitidos até agosto, para R$ 51,4 bilhões até outubro.

A modalidade permite que as empresas captem recursos no mercado para financiar projetos de infraestrutura. Os investidores contam com isenção ou redução de Imposto de Renda sobre os lucros obtidos.

Títulos de securitização

Papeis de dívida, como Fundos de Direitos Creditórios (FIDCs), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) movimentaram em conjunto R$ 12,2 bilhões, volume superior à média mensal deste ano, segundo a Instituição.

Desde julho, o volume do segmento tem se mantido acima dos R$ 10 bilhões, com maior concentração em recebíveis imobiliários e do agronegócio, sendo este último o de melhor resultado desde o começo do ano (R$ 6,1 bilhões). Os CRIs emitiram R$ 3,2 bilhões e os FIDCs, R$ 2,9 bilhões.

Analistas da XP recomendam pelo menos cinco recebíveis em novembro, sendo quatro do agronegócio e um imobiliário. Os papeis de Localiza, Marfrig, Raízen, Rede D’Or e Klabin são indicados.

O alerta é que CRIs e CRAs não possuem cobertura do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) e estão suscetíveis aos riscos de mercado, de liquidez e de crédito.

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