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Atrás na corrida por chips para IA, Samsung faz onda de demissões na Ásia e Oceania

Empresa diz que faz ‘ajuste rotineiro da força de trabalho para melhorar a eficiência operacional’

campanha de divulgação da televisão OLED da Samsung em Sydney, na Austrália
Imagem da campanha de divulgação da televisão OLED da Samsung em Sydney, na Austrália. Foto: Divulgação/Samsung/James Morgan

Com quase 150 mil funcionários fora da Coreia do Sul, a gigante Samsung está enxugando sua força de trabalho. Segundo a Bloomberg apurou com pessoas a par da situação, a empresa está demitindo funcionários no Sudeste Asiático, Austrália e Nova Zelândia como parte de um plano para reduzir o quadro de funcionários global em milhares de vagas.

Funcionários da Samsung em diferentes equipes em Singapura foram chamados para reuniões privadas nesta terça-feira (1º) com gerentes de RH e seus gestores, e foram informados sobre os detalhes do desligamento e do pacote de rescisão, disse outra pessoa familiarizada com o assunto.

As ações da Samsung caíram mais de 20% neste ano, com a maior fabricante de chips de memória e smartphones do mundo enfrenta dificuldades em mercados importantes.

Ela ficou atrás da rival SK Hynix nos chips de memória usados para inteligência artificial e fez pouco progresso contra a Taiwan Semiconductor Manufacturing (TSMC) na produção de chips feitos sob medida para clientes externos.

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‘Ajuste de força de trabalho’

Os atuais cortes estão planejados para outras subsidiárias no exterior e podem chegar a 10% em certos mercados, embora os números para cada subsidiária possam variar, disse uma das pessoas, que falou sob condição de anonimato.

A empresa sul-coreana tem cerca de 147 mil funcionários no exterior, mais da metade de seus 267,8 mil funcionários no total, de acordo com seu último relatório de sustentabilidade.

Um porta-voz da Samsung afirmou à Bloomberg que não há demissões planejadas no mercado coreano.

“Algumas subsidiárias no exterior estão realizando ajustes rotineiros de força de trabalho para melhorar a eficiência operacional”, disse um porta-voz da Samsung. “A empresa não estabeleceu um número-alvo para nenhuma posição específica.”

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Jay Y. Lee, CEO da Samsung. Foto: Bloomberg

Corrida pelos chips para IA


A tarefa de liderar a Samsung através de seus últimos desafios agora cabe ao presidente executivo Jay Y. Lee, neto do fundador da empresa. O executivo de 56 anos foi absolvido de acusações de manipulação de ações em fevereiro, após anos de problemas legais.

A Samsung está em uma posição incomum de tentar acompanhar a SK Hynix, que tomou a liderança na produção de chips de memória de alta largura de banda que são combinados com os aceleradores de IA da Nvidia para treinar modelos de inteligência artificial.

A Samsung substituiu abruptamente o chefe de seu negócio de chips este ano e o novo presidente nomeado, Jun Young-hyun, advertiu que a empresa tinha que mudar sua cultura de trabalho ou cairia em um “ciclo vicioso”.

Demissões no passado

A empresa já reduziu o tamanho de sua força de trabalho no passado, quando navegou pelo mercado de chips de memória notoriamente cíclico. A Samsung reduziu recentemente cerca de 10% dos empregos na Índia e em algumas partes da América Latina, de acordo com uma das pessoas.

Na última ofensiva, a Samsung provavelmente cortará menos de 10% de seu total de funcionários no exterior, disse a fonte. A empresa quer preservar os empregos na manufatura, enquanto corta funções de gerenciamento e suporte. Os números serão afetados por regulamentações trabalhistas locais e prioridades financeiras.

A Samsung também tem tido desentendimentos com funcionários na Coreia do Sul. O maior dos vários sindicatos do gigante da tecnologia convocou a primeira greve da empresa em maio.

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