A farmacêutica Hypera deve concluir uma parcela significativa da estratégia de otimização de capital de giro anunciada na sexta-feira no quarto trimestre deste ano, mantendo os ajustes até o final de 2025 quando espera ter um nível de contas a receber de 60 dias ante os 116 dos final do primeiro semestre deste ano, disse o presidente da companhia, Breno de Oliveira, nesta segunda-feira.
“É uma estratégia bastante agressiva da nossa parte, mas pode trazer bastante valor aos acionistas”, disse o executivo durante conferência com analistas sobre a estratégia anunciada após o fechamento do mercado na sexta-feira passada.
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A companhia, que é dona de marcas como Buscopan, Coristina e Neosaldina, pretende obter um incremento na geração de caixa operacional de R$ 2,5 bilhões até 2028 e de R$ 7,5 bilhões nos próximos dez anos.
Segundo Breno, o plano de seis trimestres será implementado mediante redução de estoques nos clientes distribuidores, como redes de farmácias, e redução de vendas, o que deve impactar as margens no curto prazo.
“Vai exigir uma mudança de dinâmica com nossos clientes, mas isso está alinhado com práticas dos concorrentes”, afirmou o presidente-executivo da Hypera.
A expectativa é que, a partir de 2026, com as melhorias no capital de giro da empresa, que durante a pandemia se viu forçada a trabalhar com elevados níveis de estoques de insumos e produtos para lidar com problemas nas cadeias logísticas, a receita líquida voltará a crescer dentro das estimativas anteriores à implementação do plano, disse Oliveira.
“É a melhor estratégia no médio e longo prazos”, disse o presidente da Hypera. “Vamos operar mais eficientes e vemos potencial enorme de geração de valor aos acionistas”, acrescentou.
(Por Alberto Alerigi Jr.)
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