A Dinamarca apresentou um supercomputador de inteligência artificial, alimentado com tecnologia Nvidia, que será usado pela Novo Nordisk e outras empresas farmacêuticas do país na busca de novos remédios e testes clínicos mais inteligentes.
O supercomputador Gefion, que pesa 30 toneladas e usa 65 quilômetros de cabos, foi simbolicamente “conectado” pelo CEO da Nvidia, Jensen Huang, e pelo rei da Dinamarca, Frederik X, em um evento em Copenhague nesta quarta, 23.
A máquina é de propriedade do estado dinamarquês e da Fundação Novo Nordisk – acionista controladora da Novo – e ficará em um local secreto da capital.
A Novo Nordisk, que fabrica os medicamentos para diabetes Ozempic e para obesidade Wegovy, está entre as poucas empresas privadas autorizadas a usar o supercomputador durante esta rodada inicial, de seis projetos-piloto. A unidade será “um dos supercomputadores mais poderosos do mundo”, disse Morten Bodskov, ministro de Negócios da Dinamarca.
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O Gefion é destinado a pesquisadores dos setores farmacêutico e de biotecnologia, transição verde, bem como de computação quântica da Dinamarca. A Novo, trabalhando em conjunto com a Novonesis e pesquisadores das principais universidades dinamarquesas, usará a tecnologia para treinar um modelo multimodal de DNA genômico e facilitar avanços na análise de mutações de doenças e no projeto de vacinas.
“Acho que a descoberta de medicamentos auxiliada por computador vai revolucionar a indústria farmacêutica”, disse Huang no evento.
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Já Mads Krogsgaard Thomsen, CEO da Fundação Novo Nordisk, disse que o computador ajudará a acelerar a descoberta de medicamentos com auxílio de inteligência artificial em todo o setor farmacêutico e ainda tornará os projetos de ensaios clínicos mais inteligentes por meio de uma melhor seleção de participantes, permitindo estudos mais baratos.
Agora, a principal dúvida é saber se os medicamentos desenvolvidos com a ajuda da IA têm maior probabilidade de serem bem-sucedidos para os pacientes quando comparados aos remédios desenvolvidos por cientistas.
Ozempic impulsiona crescimento da Novo
A Novo cresceu e se tornou a empresa mais valiosa da Europa. Seus lucros em expansão beneficiaram significativamente sua fundação proprietária, uma das instituições de caridade mais ricas do mundo, que conseguiu aumentar suas doações e investimentos filantrópicos.
A fundação destinou cerca de 600 milhões de coroas dinamarquesas (cerca de R$ 493,9 milhões) para os custos iniciais do computador, enquanto o fundo estatal de exportação e investimento da Dinamarca, o EIFO, contribuiu com cerca de 100 milhões de coroas dinamarquesas.
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