A moeda americana fechou em novo record de fechamento nesta segunda-feira (16), em meio à piora no cenário provocado pelo novo coronavírus. A moeda até chegou a desacelerar no início do dia, após o anúncio de medidas emergenciais do Conselho Monetário Nacional, mas voltou a avançar no fim da tarde.
O dólar comercial era vendido a R$ 5,0467, subindo 4,86%, em nova máxima histórica.
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O real ultrapassou o peso mexicano e já é a moeda com pior desempenho nesta segunda-feira no mercado internacional, considerando uma cesta de 34 moedas, segundo o “Estadão Conteúdo”.
Entre os estímulos anunciados, o BC diz que a medida permite aumentar a concessão de crédito no sistema financeiro nacional em torno de R$ 637 bilhões e também amplia folga de capital em R$ 56 bilhões. A autoridade monetária afirma ter amplo arsenal de instrumentos e adotará medidas necessárias.
Há expectativas de que um corte da Selic, de até 100 pontos-base, possa ser anunciado ainda nesta segunda, em reunião extraordinária, como fizeram o Federal Reserve e Banco do Japão. A Febraban também deve anunciar hoje medidas de apoio do sistema financeiro.
Na sexta-feira (13), a cotação atingiu a máxima de R$ 4,88 e fechou em R$ 4,8163 — alta de 0,57%. Hoje na abertura, o dólar atingiu máxima de R$ 4,98, saltando mais de 3%.
Munição do BC
Para contrabalancear as altas da moeda americana, o BC vem intervindo na oferta de dólares no mercado. Ao todo, só no mês de março, a autarquia injetou US$ 15,245 bilhões em recursos.
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Além disso, o BC tem gasto no mercado futuro, através de contratos de swap cambial. Neste mês, foram US$ 6 bilhões em novas operações. Tudo para conter uma valorização, que já acumula, desde o início do ano, uma alta de 20% em relação ao real.