Neste novo episódio da série Cripto InvestNews, o jornalista Dony de Nuccio explica como o bitcoin desafiou governos e se tornou um ativo com valor de mercado que chega a US$ 2 trilhões – o equivalente a todos os reais da nossa economia e mais do que toda a prata que há mundo (US$ 1,75 tri), por exemplo.
A primeira rede de blockchain da história é justamente a do bitcoin. Trata-se de um sistema seguro e descentralizado – que substitui Bancos Centrais no momento da emissão (no caso do bitcoin, “mineração”); e os bancos normais na hora de administrar a circulação.
Ele também tem estabelecido, no momento de sua criação, um suprimento máximo de 21 milhões de unidades – a serem mineradas até o século 22. A maior parte já foi “desenterrada”. Há 19,8 milhões de bitcoins em circulação.
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Essa escassez foi planejada para que o bitcoin emulasse o ouro – ativo cujo valor advém de sua raridade. De nada adiantaria a escassez se não houvesse demanda – há metais bem mais raros que o ouro, mas que não despertam interesse algum.
Mas a demanda veio. O bitcoin solidificou-se num nicho que desconfiava da capacidade dos Bancos Centrais em gerir a moeda. Quando BCs emitem dinheiro demais, eles criam inflção – e a moeda vai perdendo valor. O bitcoin não tem esse problema, pois jamais haverá mais de 21 milhões de unidades em circulação. A questão que fica é se a cripto se consolidará de fato como reserva de valor – sendo adotada por Bancos Centrais para, por exemplo, servir de lastro para a moeda comum, a fiduciária. Por hora, isso é uma incógnita.
Enquanto a questão não se resolve, de qualquer forma, a demanda cresce, fazendo a cotação subir – o que retroalimenta a procura pela cripto. Nos últimos dois anos, ela soma 450% de alta. Bastante – mas não extraterrestre: é o mesmo patamar de alta que as ações da Nvidia apresentaram no mesmo intervalo.