A empresa afirma que houve “uma série de irregularidades, identificadas em investigação interna realizada após a alteração promovida na diretoria da companhia, em outubro de 2024…que resultaram em prejuízo à companhia”, segundo fato relevante ao mercado.
A Rossi afirmou que as investigações continuam com apoio de empresa especializada, “mas em decorrência da relevância e robustez dos fatos e evidências já identificados e dos prazos prescricionais existentes na Lei das S.A., a administração recomendou pela convocação da assembleia”.
A companhia não deu detalhes no documento sobre o suposto prejuízo identificado ou sobre as irregularidades identificadas que teriam levado a ele.
Vale lembrar que a empresa está em processo de recuperação judicial aprovado em 8 de novembro de 2023. O plano aprovado prevê a reestruturação de dívidas de mais de R$ 1 bilhão.
Após vários anos de fragilidade financeira, a Rossi informou, em 19 de setembro, que pediu recuperação judicial, diante de dívida líquida de R$ 594,5 milhões e uma posição de caixa de R$ 4,4 milhões, segundo o balanço do segundo trimestre.
Mattos Cunha, ex-presidente da Rossi, afirmou em comunicado à imprensa, citando os irmãos Rossi, que a ação de responsabilidade proposta pelos atuais gestores da construtora “não é resultado de auditoria independente, ou seja, não existe investigação formal”.
Segundo Cunha, a proposta da atual gestão da Rossi “ocorre depois de sucessivas derrotas sofridas na Justiça, nos processos de arbitragem e na CVM, envolvendo disputa societária”. O executivo citou que os conselheiros que lideram a proposta foram indicados pelo investidor Silvio Tini, que teve direitos políticos na Rossi suspensos em meados de dezembro após decisão da Câmara de Arbitragem do Mercado.
“Miziara e os irmãos Rossi reiteram o compromisso com as melhores práticas de governança corporativa e jamais cometeram qualquer irregularidade”, afirmou Cunha no comunicado.
(Por Alberto Alerigi Jr.)