A Raízen, maior produtora de açúcar e etanol do Brasil, avalia a venda do seu negócio de distribuição de combustível de aviação em meio a esforços para desalavancar, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.
A empresa, uma joint venture entre a gigante do petróleo Shell e o conglomerado brasileiro Cosan, trabalha com o Bank of America enquanto considera uma possível transação, disseram as pessoas, que pediram anonimato pois a informação não é pública. O negócio está estimado em até US$ 200 milhões, disse uma das pessoas.
Até o fim da tarde desta quinta-feira (8), a Raízen e o BofA não responderam a um pedido de comentário.
Reestruturação
A potencial venda viria em um momento em que a Raízen passa por uma grande reestruturação, buscando reduzir investimentos e se desfazer de ativos enquanto navega pelas altas taxas de juros no Brasil. A empresa contratou o Itaú BBA para vender usinas de açúcar, informou a Bloomberg News no mês passado.
A Raízen faz parte do conglomerado Cosan, do bilionário Rubens Ometto, que enfrenta alguns desafios para reduzir níveis de alavancagem após ter sofrido com alguns dos seus investimentos, incluindo uma participação na gigante da mineração Vale – que foi vendida no início deste ano.
(Por Vinícius Andrade e Rachel Gamarski)