A empresa, apoiada por Roger Federer, prevê um crescimento de pelo menos 31% na receita neste ano fiscal, três pontos percentuais acima da meta anterior. Isso se traduz em vendas líquidas de 2,91 bilhões de francos suíços (US$ 3,6 bilhões) às taxas à vista atuais, informou a diretoria da On nesta terça-feira (12).
A On, com sede em Zurique, tornou-se uma das empresas de melhor desempenho no mundo dos tênis, expandindo seus produtos principais de corrida para outras áreas, como tênis, treinamento e vestuário.
A marca cresceu rapidamente desde sua fundação em 2010, conquistando participação de mercado de players maiores, como Nike e Puma.
As ações da empresa subiram até 14% no início do pregão em Nova York. Esse foi o maior aumento intradiário desde 9 de abril, um período de volatilidade do mercado, com os investidores reagindo às tarifas comerciais dos EUA que pesaram sobre o setor de tênis.
A On espera que sua margem de lucro bruto atinja uma faixa de 60,5% a 61% no ano, ligeiramente acima da meta anterior. A empresa citou um crescimento melhor do que o esperado em sua rede em expansão de lojas próprias e em seus canais de e-commerce.
“A energia em todos os lugares é muito alta”, disse o CEO Martin Hoffmann em uma entrevista. “Estamos em uma posição realmente forte e todo o ecossistema está apoiando nossas aspirações.”
On: prejuízo com o câmbio
A On espera abrir de cinco a 10 lojas ainda este ano, incluindo uma em sua sede em Zurique, outra em Palo Alto, Califórnia, e algumas unidades na Coreia do Sul, informou Hoffmann.
As vendas do segundo trimestre cresceram mais do que o esperado pelos analistas, atingindo 749 milhões de francos suíços, um aumento de 38% em relação ao ano anterior em moeda constante. A margem de lucro bruto atingiu 61,5%, também acima das estimativas dos analistas.
Ainda assim, a On inesperadamente registrou um prejuízo de 40,9 milhões de francos suíços no segundo trimestre, impulsionado pelas flutuações cambiais com a desvalorização do dólar.
A On tem os tênis de corrida mais caros do setor, em média, e começou a aumentar os preços nos EUA no mês passado, especialmente em produtos de estilo de vida.
Essa abordagem não assustou os consumidores até agora, com forte demanda inicial pelo novo modelo Cloudsurfer Max, altamente amortecido, que chegou ao mercado em julho, de acordo com Hoffmann.
O aumento nas vendas, margem e perspectivas da On “mostra que a demanda robusta e as inovações estão impulsionando fortes vendas a preço integral”, disse Abigail Gilmartin, analista da Bloomberg Intelligence, em nota.
A receita no segundo trimestre aumentou 43% na Europa, Oriente Médio e África e 101% na região Ásia-Pacífico, superando significativamente as estimativas. O crescimento de cerca de 17% nas Américas ficou um pouco abaixo das expectativas, embora Hoffmann tenha afirmado que a demanda nos EUA permaneceu “excepcionalmente forte”.
A nova loja da On em Singapura gerou alguns dos melhores negócios de fim de semana de inauguração que a empresa já viu em qualquer lugar do mundo, disse Hoffman. “A demanda lá é muito forte”, disse ele sobre a região da Ásia-Pacífico. “Muito mais forte do que estamos dispostos a fornecer ao mercado.”