A Carlyle está emergindo como a favorita para adquirir a unidade de revestimentos da BASF, depois que um consórcio liderado por sua rival KPS Capital Partners ter desistido da licitação, disseram pessoas com conhecimento do assunto.

O acordo final deve ser divulgado nas próximas semanas, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas porque as informações são confidenciais. A unidade foi avaliada em € 6 bilhões (cerca de US$ 7 bilhões), conforme informou a Bloomberg News.

O CEO da BASF, Markus Kamieth, vem reorientando o grupo para enfrentar os altos preços da energia e a queda na demanda global. A divisão de revestimentos teve cerca de € 4,3 bilhões em vendas em 2024.

A Carlyle ainda não chegou a um acordo e as negociações podem fracassar, de acordo com as fontes. A BASF, inclusive, pode optar por manter uma participação minoritária na empresa como parte do acordo, disseram as fontes. A Lone Star Funds, a Platinum Equity e a fabricante holandesa de tintas Akzo Nobel NV também analisaram a empresa, disseram pessoas com conhecimento do assunto.

O Financial Times noticiou nesta segunda-feira (6) que a Carlyle estava se aproximando de um acordo, citando fontes não identificadas. Um porta-voz da Carlyle não quis comentar, enquanto um representante da KPS não respondeu imediatamente às perguntas enviadas por e-mail, fora do horário comercial.

A BASF anunciou no início deste ano que estava abordando o mercado para explorar opções estratégicas para suas atividades de revestimentos automotivos OEM, de repintura automotiva e tratamento de superfície.

BASF no Brasil

Em fevereiro, a BASF concordou em vender seu negócio de tintas no Brasil para a Sherwin-Williams por US$ 1,15 bilhão.

A empresa também contratou consultores para se preparar para uma possível listagem de sua divisão de produtos químicos agrícolas, que pode valer mais de € 20 bilhões.

Uma lista crescente de empresas europeias tem buscado cindir ou alienar ativos não essenciais para se concentrar em áreas de crescimento e aumentar o valor para os acionistas. A DSM-Firmenich, por exemplo, colocou à venda a divisão de nutrição e saúde animal, enquanto a BP abriu licitações para seu negócio de lubrificantes Castrol.