A ação ordinária da Gol sobe 11,55% nesta quarta-feira (12) por volta de 11h50, cotada a R$ 5,41.
O grupo reportou um lucro líquido de R$ 248 milhões, o que reverte o prejuízo de R$ 1,42 bilhão do mesmo período de 2024. Também mostra uma melhora significativa frente às perdas de R$ 1,53 bilhão ocorridas no segundo trimestre deste ano.
Além disso, a Gol registrou uma grande redução na alavancagem financeira. O indicador de dívida líquida sobre rbitda recorrente caiu para 3,2 vezes contra 5,3 vezes um ano ante. Os resultados surgem após a companhia aérea ter deixado a recuperação judicial em junho, que foi realizada dentro do “Chapter 11”, a legislação dos EUA que trata do tema.
O Ebitda da companhia, que pode ser visto como uma medida de lucro operacional, atingiu R$ 1,63 bilhão, mais de três vezes os R$ 491 milhões de um ano antes. A receita líquida somou R$ 5,54 bilhões, com alta de 11,6% na comparação anual.
Os resultados foram impulsionados pela variação cambial favorável ao longo do período e pela queda dos preços do combustível de aviação. No lado operacional, a Gol teve um crescimento de 9% na oferta de assentos, associado a uma taxa de ocupação mais alta.
A aérea revisou para cima a projeção para 2025 de ebitda recorrente, agora para a faixa de R$ 5,8 bilhões e R$ 6,1 bilhões. Também reduziu a expectativa de alavancagem medida pela relação entre a dívida líquida e o ebitda para 3,4 vezes a 3,6 vezes, ante 4,7 vezes da estimativa anterior.
Apesar da alta, os papéis da aérea ainda negociados na B3 representam menos de 1% das ações da companhia. O controlador, a Abra, detém mais de 99% do capital após a reestruturação finalizada em outubro.
Em breve, os papéis vão deixar de ser negociados na bolsa brasileira por conta da reorganização societária. A holding listada, a Gol Linhas Aéreas Inteligentes, e a Gol Investment Brasil (GIB) foram incorporadas pela Gol Linhas Aéreas S.A. (GLA), que é uma empresa de capital fechado.
Após a oficialização dessa reorganização, o grupo deixará de ter papéis negociados na B3. A controladora Abra, porém, informou estudar fazer um novo IPO da companhia nos EUA.