A leitura do executivo é de que o investidor local tem menos espaço para migrar para a renda variável porque, embora a tendência seja de flexibilização monetária por aqui ao longo do ano que vem, os juros ainda devem permanecer em dois dígitos, o que sustenta a atratividade da renda fixa.
“Há uma expectativa de que a taxa de juros caia localmente de 15% para algo entre 11% e 13%, ainda mantendo renda fixa como ativo principal na agenda dos investidores”, disse ele, durante evento da B3 realizado nesta terça-feira (16).
Os estrangeiros já aportaram R$ 25 bilhões no mercado secundário (ações já listadas), enquanto os institucionais já tiraram R$ 50 bilhões da bolsa, segundo dados da própria B3.
É justamente o fluxo estrangeiro que servirá de condição central para a reabertura da janela de ofertas de novas ações ao mercado – os IPOs, na sigla em inglês. Para as ofertas saírem do papel e quebrarem o jejum desde 2021, porém, é preciso, porém, é preciso uma participação mais equilibrada entre estrangeiros, investidores institucionais locais e varejo, segundo o executivo.
O que pode chegar às mãos dos investidores são novas ações de empresas já listadas, os chamados “follow-ons”. Mesmo com a perspectiva de um ambiente de maior volatilidade, setores mais estáveis, como saneamento, energia e infraestrutura, concentram empresas candidatas a liderar uma eventual retomada desse mercado. Quais são essas possíveis empresas, porém, o executivo não revelou.